Meus delírios, divagações, realidades e esquizofrenias, a quem interessar possa. Se viestes até aqui por bem, ego venia divinus indulge. Se por mal viestes, qui unum manus imprecatio divinus indulge. Danger: "Reperio scrobis et doli". Os comentários relativos aos posts deste diário são de responsabilidade dos visitantes, bem como condutas impróprias de clonagem de identidade em outros sites. Dúvidas, reclamações, declarações de amor? Email-me.

30 novembro 2007

Síndrome de Estocolmo

A menininha na gaiolinha está sob "marcação cerrada".
Tem asas tão perfeitas
Mas não tem prá onde voar.

29 novembro 2007

Q U E R I D O

Obrigada Thiago!
Que bom que o choque não te levou.
Que seria de mim sem ti!

Tiro no peito

"É como se os afetos de alegria fossem um trampolim, eles fazem vocês passarem através de alguma coisa pela qual jamais poderiam passar se só existissem tristezas. Eles nos solicitam a formar a idéia do que é comum ao corpo que afeta e ao corpo que é afetado. Isso pode fracassar, mas pode ter sucesso e tornar-me inteligente. Alguém que se torna bom em latim quando se apaixona... já se viu isso nos seminários. A que isso está ligado? Como alguém faz progressos? Jamais fazemos progressos sobre uma linha homogênea, é um truque aqui que nos faz progredir lá, como se uma pequena alegria tivesse disparado um gatilho. Novamente a necessidade de um mapa: o que aconteceu lá para que algo se desbloqueie aqui? Uma pequena alegria nos precipita num mundo de idéias concretas que varreu os afetos tristes ou está prestes a combatê-los, tudo isso faz parte da variação contínua. Mas ao mesmo tempo essa alegria nos propulsiona de alguma forma para fora da variação contínua, ela nos faz adquirir ao menos a potencialidade de uma noção comum. É preciso conceber isso muito concretamente, são truques muito localizados. Se você chegar a formar uma noção comum sobre em que ponto sua relação compõe com tal pessoa ou tal animal, você diz: enfim eu compreendi alguma coisa, sou menos estúpido do que ontem. O "eu entendi" que se diz é, por vezes, o momento em que você formou uma noção comum. Você a formou muito localmente, isso não deu a você todas as noções comuns. Spinoza não pensa de modo algum como um racionalista; para os racionalistas, existe o mundo da razão e existem as idéias; se você tem uma, evidentemente você tem todas: você é racional. Spinoza pensa que ser racional, ou ser sábio, é uma questão de devir, o que muda singularmente o conteúdo do conceito de razão. É preciso saber fazer os encontros que convém a vocês. Ninguém jamais poderá dizer que é bom para si algo que ultrapassa seu poder de ser afetado. O mais belo é viver nas bordas, no limite do seu próprio poder de ser afetado, à condição de que seja o limite alegre, pois há o limite de alegria e o limite de tristeza; mas tudo o que excede o seu poder de ser afetado é feio."
(
Gilles Deleuze : Idéia e Afeto em Spinoza)

Ouvindo: Vive La Fête - Mon Die
u

Desajustes Cute Cute

Não é de hoje que meus gostos chocam-se com o senso comum.
Como aquela paixão infantil pela pantera-cor-de-rosa, um
menino um tanto feminino...
Existem coisas, fatos, vozes, maneiras, interesses, que fazem com que a gente se apaixone, sem maiores interesses físicos. E existe quem como eu tenha um certo asco por músculos.
A. me diz excitada: "...e ele é lutador e pesa mais de 100kg!"
Bah, que nojo. Sorry.


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Falando nisso, adoro aquela seriezinha nova, meio clichezinha, dos dois físicos/nerds e da loira gostosa, "The Big Bang Theory". Me dei conta que talvez seja por causa do Sheldon (Jim Parsons), lindamente fofo e socialmente disfuncional...

What Else Is There

Era eu naquela estrada
Mas você não podia me ver
Muitas luzes acesas, mas em nenhum lugar perto daqui
.
Era eu naquela estrada,
Embora você ainda não podia me ver
E então lampejos e explosões
.
As estradas estão ficando mais próximas
Nós percorremos distancias mesmo que ainda não juntos
Eu sou a tempestade, e eu sou a maravilha
.
E então, lampejos, pesadelos
E explosões repentinas
Eu não sei o que mais pedir
.
Eu recebi somente um desejo
É sobre você e o sol
Uma corrida de manhã
A história do meu criador
O que eu tenho e o que eu desejo
Eu tenho um ouvido de ouro
Eu corto e eu espeto
E o que mais se há
.
As estradas estão ficando mais próximas
Nós percorremos distancias mesmo que ainda não juntos
Se eu sou a tempestade, se eu sou a maravilha
Terei eu lampejos, pesadelos
E explosões repentinas
.
Não há nenhum lugar que eu possa ir e
você também tem segredos
Eu não sei o que mais pedir
Eu recebi somente um desejo

Henry, de novo

28 novembro 2007

Como?

Quero botar esta imagem aí de baixo (veja link) aqui em cima, no lugar do título, mantendo os delírios itálicos.
Dar mais margem à esquerda, agora em casa vi que tudo recuou estranhamente para a esquerda, coisa que não visualizava de tarde em outro computador (com IE, aqui é firefox).
Tirar este espaço e essas bolinhas aí do lado dos últimos posts.
Alguém sabe onde enfio isso no meu código fonte graciosamente bagunçado?


26 novembro 2007

Resquícios para não esquecer

Do grupo de estudos que a Pri me levou e que debandei me vieram a cabeça. Porque estranhamente hoje lembrei que uma série de pessoas estavam interligadas e só percebo agora. Não estava pronta na época e aquele monte de pessoas novas querendo alguma coisa de mim, algo que eu nem sabia se tinha - ou tenho - me assustou. Sempre foi ao natural, com muito pouca disciplina. Eu mesma me dei o pequeno trabalho de me diminuir e me recolher em minha insignificância. Também não entendia como tinha desviado todo o meu interesse para a área da história e da psicanálise - não fazia sentido aparente, oras, eu era uma publicitária... E o que eu tinha para ler ainda era:
Psicanálise, arte e estéticas da subjeticação. Giovanna Bartucci. Editora Imago.
A invenção da vida: arte e psicanálise. Elida tessler e Edson Souza. Artes e Ofícios.
---------------
Essa existência virtual repentina prenuncia a morte do meu corpo real em ações realmente relevantes?
Seria o pensamento algo mais importante do que quaisquer realizações físicas, já que essas são sempre repetições e repetições de coisas desimportantes? Não, não pode, porque também a experiência sensorial pode ser igualmente rica em sensações.
Isto remete a alguém que não lembro (porque evolui nos últimos tempos nos meus melhores sentimentos altruístas, mas intelectualmente...), bem, mas o que esse cara falou é que só temos a experiência do mundo porque temos um corpo para senti-lo, de modo que se existe o paladar é porque temos boca para senti-lo, e se vemos cor, é porque os olhos é que a percebem. O limiar entre a vida e a morte, entre o corpo e o não-corpo, entre o humano e o super-humano é muito mais vasto.


Antes de mais nada é preciso que nos convençamos de que a forma de fenômeno da vontade, ou por outras palavras, a forma da vida ou da realidade, é o presente, e não o futuro, nem o passado; estes não existem senão na abstração por meio da concatenação do conhecimento submisso ao princípio de razão. Ninguém viveu no passado e ninguém viverá no futuro; o presente, somente ele, é a forma exclusiva da vida, propriedade certa, que nada poderá jamais subtrair-lhe. O presente está sempre ali, com tudo quanto abrange: continente e conteúdo quedam-se parados, imóveis, como o arco-íris sobre a catarata. Por isso que a vida é assegurada à vontade, e o presente é assegurado imutavelmente à vida.
Schopenhauer, tardiamente.

O Ontem

Pode um final de semana passar tão rápido, ou tão lento, que você não faz praticamente nada, nada de realmente produtivo? Onde seu humor lhe engana a toda hora, levando a extremos de animação e depois caindo vertiginosamente até você voltar a se enclausurar e desisitir dos planos alegremente citados horas antes? Será possível acariciar as pessoas apenas com palavras?

Chegou a noite de domingo então despertei de um transe. Quase exigi uma saída, e fomos assistir o filme da Piaf, o "rouxinol da França". Uma dose de vodka antes, Martinelli com a cabeça enevoada do trago do futebol, apenas sorvendo um chopp no Guion.
"Quanto será que vamos voltar a ter uma vida social?"
"A última tentativa foi um fracasso total."
"Mas foi divertido. Eu divirto as pessoas, elas gostam."
Rimos e fumamos.

Amigos que chegam e sentam-se a mesa, antes da hora do filme. Frases engraçadas. Convenceram C. a não viajar comigo, somente nós e agora a combinação é uns dias de primavera na cidade do mundo, em março, mas acompanhadas. Eu disse que tudo bem. Se não puder sair, vou me demitir mesmo. Resgatei uma Anaïs atormentada e supliquei por isso, divertidamente: "HUGO, estou doente, preciso viajar, ir embora..."

A. preocupado que C. pedia mais um copo. Me diverti. Ela repetia "cada vez eu gosto mais disso" e ríamos e pedimos mais um. "Eu também, a cada dia que eu puder fazer isso, tanto melhor"...

O filme foi looongo. Martinelli ao meu lado tomando aspirinas.
Muita boemia, privações na infância, a vida no bordel, depois no circo e nas ruas, o vício da morfina e o álcool, amor pela metade, tragédias, depressão. Um encontro rápido com outra sem sombrancelhas, Marlene Dietrich. Piaf numa performance incrível de Marion Cotillard. Mas confesso na minha vã ignorância da biografia da cantora que me perdi em vários lances de tempo, já não sabia mais o que era antes ou depois. O que não muda praticamente nada na narrativa. E todo mundo, sem exceção, parecia tão velho e acabado com pouca idade... Bom, mas não muito emocionante. Vale pela atuação da atriz principal, por sorver mais conhecimento, pelas músicas e pelas letras. Não entendi muito, haviam pessoas secando lágrimas. Ou estava insensível demais a noite.

25 novembro 2007

Anaïs

"Por que as pessoas escrevem? Já me fiz tantas vezes esta pergunta que hoje posso responde-la com a maior facilidade. Elas escrevem para criar um mundo no qual possam viver. Nunca consegui viver nos mundos que me foram oferecidos: o dos meus pais, o mundo da guerra, o da política. Tive de criar o meu, como se cria um determinado clima, um país, uma atmosfera onde eu pudesse respirar, dominar e me recriar a cada vez que a vida me destruísse. Esta é a razão de toda obra de arte.”

23 novembro 2007

Travessia

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia…e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Pessoa

Pedra? Me lembrou daquele show do Neubauten, da menina Bardot que eu fui e desse vídeo que adoro e tinha me esquecido...


Faltam 20 min

Socorro, hoje é sexta, não dá mais, ainda tem uns 20 produtos para editorar e traduzir, pelamordedeus, não vou terminar, fuck off e era isso.

Aquabloc - Waterproofing paint
It is a waterproofing paint with a high barrier performance against water and salts for use on concrete and plaster This performance as a barrier is relative to a water pressure resistance, it means the resistance to the pressure when water is try to pass through the paint. It is a product with excellent anti-fungi properties. Recommended for interior and exterior use on concrete and plaster. It is not necessary wait the complete cure of the concrete to apply the Aquabloc ( It is necessary wait only 10 days before apply the Aquabloc on new plaster and concrete). Color: White. Finish: Flat.

Aquabloc
Recubrimiento impermeabilizante con alto poder de bloqueo de la humedad y de eflorecencia, para concreto y revoque. Posee excelentes propiedades antihongos. Es recomendado para uso externo o interno sin la necesidad de aplicación de una terminación. No se necesita aguardar el curado completo del concreto para realizar la pintura. Ofrece alto poder de bloqueo de la humedad de dentro para fuera de la pared.

Outro

Memento Mori: poética visual ou social?

Rápidas

// Ando querendo de volta meu círculo de amigos da micro-fama imaginária.
// Finalmente eu e o Klamt estabelecemos uma conexão on line, depois de 9 anos.
// Não tenho a mínima idéia do porque ando recebendo "Seleções Reader's Digest".
// Ano Novo comigo mesma, dentro de um avião.
// Garimpo de antiguidades programadas para janeiro, SP.
// Contatar pessoas da Zero, na qual abandonei por meses, para um buteco na cidade cinza, e passear com meu querido Diego no pátio do colégio. Comprar delicinhas com a Curcelli.
// Meu russinho tá de mal comigo, não sei porquê.
// Para o dia 04/12: Ademar Gonzaga (70 anos de cinema brasileiro) ou aquele livro da Cinédia (álbum).
// Para o dia 05/12: ????

22 novembro 2007

The L World

Lembrei de uma coisa antiga.
Quando a L me dizia que a primeira coisa que fez se apaixonar por mim eram minhas mãos. Na minha inocência apaixonada, não entendia muito bem, mas adorava ouvi-la.
Ela dizia que achava o máximo que eu pintasse as unhas assim, bem vermelhas, contrastando com a pele branca. Mas o melhor é que as mantinha assim curtinhas, sem a vulgaridade das mulheres comuns.
Mãozinhas de fada - ela dizia, enquanto segurava a minha mão com as suas, e introduzia sua língua entre meu indicador e o dedo médio.

Sábado no carro, entre quatro amigos, ouvi a pérola: A Thiane gosta de caras "meio-gays". Ah tá. Martinelli prontamente se defende e diz que então devo gostar de outros. Respondo ironicamente que gosto mesmo. Vai ver que porque sou "meio-heterossexual".


21 novembro 2007

Henry Miller

Eu apenas pensei que a amava, o que não era nada como essa certeza que está em mim agora. Tudo isso foi tão maravilhoso porque foi breve e roubado? Estávamos representando um para o outro, por causa do outro? Eu fui menos eu, ou mais eu, e você menos ou mais você? É loucura acreditar que isso poderia continuar? Quando e onde os momentos monótonos começariam? Analiso-a tanto para descobrir as possíveis falhas, os pontos fracos, as zonas perigosas. Não as encontro - nenhuma.
Sei agora que seus olhos estão bem abertos. Em certas coisas você nunca mais acreditará, certas tristezas e apreensões você nunca mais experimentará. Uma espécie de febre criminosa branca em sua ternura e crueldade. Nem remorço nem vingança, nem tristeza nem culpa. Um extravasar disso, com nada para salvá-la do abismo, mas uma grande esperança, uma fé, uma alegria que você provou, que você pode repetir quando quiser.

O Algo Mais

O algo mais é a revelação do novo no contínuo, no que já é. O novo torna-se então um acréscimo, um enriquecimento. Só o que existe, o que tem duração e continuidade, pode aumentar, tornar-se maior. Mas somente o que é descontínuo pode ser confrontado, comparado, recordado. É a união do contínuo com o descontínuo que cria a identidade e, assim, a possibilidade de crescimento, a tensão para o alto, em direção à perfeição.

Foco, cadê o foco?

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ZILLES, Urbano. A significação dos Símbolos Cristãos. Porto Alegre: EDIPUC/RS, 1996.

mmm...para não me esquecer depois...de repente, pulei do mármore para o papel...pensei algo assim agora, dentre tantos fragmentos de coisas guardadas: Memento Mori: a fotografia como arte, memória e cultura no RS.

Pagando uma dívida

Nunca, mas nunca mesmo, experimente colocar a areia sanitária dos felinos dentro do vaso sanitário, principalmente naquele branquinho, todo combinando com o resto do seu banheiro bicolor, com lustres, banheira, quadros e vidrinhos...
O caos posterior a isso torna o local algo como se só pudesse ser descoberto vestindo uma roupa de mergulho.
- Tu fica me devendo essa... (ele diz).
- É que eu já tomei banho...
- Posta isso lá no teu blog... (ele duvidando). Aproveita e avisa que areia de gatinho dentro do vaso vira cimento...

Pardonnez-moi!

19 novembro 2007

somosex@gmail.com

17 novembro 2007

Como uma violeta pálida

Percebo teu desespero, da qual já nem sei se acredito. Continuas a me regar e me regar, implorando que eu continue crescendo, como tu gostas, do mesmo jeito, vistoso, brilhante. Mas me encolho e não aceito tua água, já não processo teu alimento. Me sinto morrendo, e não te matando.

A vida contrai-se e expande-se proporcionalmente à coragem do indivíduo

Falta-me um poder.
Um especial, que mantenha a todos a minha volta da forma que desejo.
Durante o estado de percepção que mais me satisfaz, há o que me julga, me condena, com ternura maléfica. Não, não, não devo ficar feliz.
Preciso imediatamente voltar a ser o que era, o reflexo do que jamais fui, aquilo que sempre detestei, mas aquilo que te deixa melhor. Mate-me assim mesmo, aos poucos.
Não devo ter surtos criativos, é passado, não posso o retomar.

O meu tempo terá passado?
Deixe meus dias passarem rapidamente, sem nenhuma tomada lenta. Lembre-me sempre da minha idade, puxando para um lugar cruel e sem vida. É assim que te deixo feliz, egoisticamente feliz.
Não me deixam viver de extremos.
Fico naquele meio, e quando estou quase atingindo o pico do meu amor por mim mesma, me dou conta que estou sozinha, completamente sozinha nesta situação. Então me devolvem para o lugar de onde ousei sair.
De um lado, condenação terna. De outro, incredulidade.
Será mesmo que sou tão infeliz, tão má, por tentar não ser?

16 novembro 2007

Não deu

Não consegui. Fui amadora. Esperei por 3 horas para ser eliminada em 1 minuto. Chega a ser engraçado.
Meu instrutor me olha apavorado, não entende o que eu fiz e ralha que da próxima vez eu não tome um trago no dia anterior. Ele ri quando mostro a garrafinha na bolsa.
Eu também.
Fico sorrindo sentada ali na praça, pensando longe, pensando que hoje é um dia esquisito, que inteligência é afrodisíaco e que preciso ter mais senso de alegria.


Eu não sei o que esperar de mim, mas deve ser algo tipo um milagre. Enfeito, escuto música velha, tomo umas colheres de água de melissa e penso em dançar antes de sair. Escolho Suede, não sei porque, mas me divirto com Killing Of A Flashboy e os gatos pensam que estou louca e se assustam com o movimento giratório e os pulos. É porque são novos e só conheceram minha tristeza, minha resignação, minha apatia e greve com o mundo. Espantam-se e encho-os de beijos.

Tento recordar exatamente das coisas, mesmo assim, minhas palavras não são profundas o bastante, selvagens o bastante. Penso que hoje é um dia bom para dançar, ficar leve, virar criança, simplificar as coisas. Mas nem sei se tenho o direito de não pensar. Não pensar é a coisa mais difícil que existe.

First Orgasm

It is a Thursday
I got up early
it is a challenge
I’m usually lazy

I make some coffee
I eat some Rice Chex
And then I sit down
To check my inbox

I only read a word or two
I stare across the street and see the churches and the blue

The first orgasm of the morning
Is cold and hard as hell
There wont be any second coming
As far as I can tell

I arch my back cause
I’m very close now
It’s very cold here
By the window

There are some school kids
Yelling and running
I barely notice
That I am coming

The first orgasm of the morning
Is like a fire drill
It's nice to have a little warning
But not enjoyable

I am too busy to have friends
A lover would just complicate my plans
So I will never look for love again
I’m taking matters into my own hands
I’m taking matters into my own hands

I bet I could last at least a week without someone to hold me
I bet I could last at least a week without someone to hold me
Won’t you hold me?
Won’t you hold me?
Won’t you hold me?

13 novembro 2007

Cantos

(...) Eu, Elsseneur, te vi pela primeira vez, e, desde então, não consegui te esquecer.
Olhamo-nos por alguns instantes, e te puseste a sorrir.
Baixei os olhos, pois vi nos teus uma chama sobrenatural. Perguntei-me se, com a ajuda de uma noite escura, não te havias deixado cair secretamente até vós, vindo da superfície de alguma estrela; uma auréola de raios faiscantes envolvia a periferia da tua testa.
Teria desejado iniciar estabelecer relações íntimas contigo; minha presença não ousava aproximar-se da chocante novidade dessa estranha nobreza, e um terror tenaz rondava minha volta.
Por que não escutei esses avisos de minha consciência? Fundados pressentimentos.
Reparando em minha hesitação, enrubesceste por tua vez, e estendeste teu braço.
Coloquei corajosamente minha mão na tua, e, depois desta ação, eu me senti mais forte; daí em diante, um sopro da tua inteligência havia passado para mim.(...)
(Canto Quinto de Maldoror - Lautréamont)

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Passagem comprada. SP de 31/12 à 06/01/08.

12 novembro 2007

*Sick*

Me sinto doente, tremendo e com ânsias...
Não consigo comer desde ontem a tarde.
Não consegui tomar café na empresa, tampouco almoçar. O cheiro era completamente repugnante.
Doei o Chico sábado, o que foi bom, porque não iria conseguir separar a carne para ele.
Me enviaram para o ambulatório, onde vomitei um comprimido de plasil.
Que lindo. Acabei tomando na bunda, literalmente.
E as horas nunca passam.
Acho que morri.

Morri e não lembro, e daí essas coisas sólidas, por mais fome que eu tenha, não conseguem alimentar minha alma.

11 novembro 2007

E de repente, compro maquiagem

Tive a sensação de que poderia explodir a qualquer momento.
Senti-me pesada, fincada no chão, e por todo o corpo uma corrente circulava sem parar.
Por nenhum segundo me dava sossego.
Mas não fiquei triste, perdi 10 anos em poucas horas.
Percebo agora que quanto mais nego a mim mesma, mais pobre me sinto, vivendo em um mundo cada vez mais pequenino.
Quero viver por golfadas, que me machuquem se for o caso, não há nenhuma tragédia nisso, não irei deformar minha natureza, tão plácida e gentil, e tão ácida que chega a ser doce quando encosta na ponta da tua língua.

E essa espera que me mata.