Meus delírios, divagações, realidades e esquizofrenias, a quem interessar possa. Se viestes até aqui por bem, ego venia divinus indulge. Se por mal viestes, qui unum manus imprecatio divinus indulge. Danger: "Reperio scrobis et doli". Os comentários relativos aos posts deste diário são de responsabilidade dos visitantes, bem como condutas impróprias de clonagem de identidade em outros sites. Dúvidas, reclamações, declarações de amor? Email-me.

16 novembro 2007

Não deu

Não consegui. Fui amadora. Esperei por 3 horas para ser eliminada em 1 minuto. Chega a ser engraçado.
Meu instrutor me olha apavorado, não entende o que eu fiz e ralha que da próxima vez eu não tome um trago no dia anterior. Ele ri quando mostro a garrafinha na bolsa.
Eu também.
Fico sorrindo sentada ali na praça, pensando longe, pensando que hoje é um dia esquisito, que inteligência é afrodisíaco e que preciso ter mais senso de alegria.


Eu não sei o que esperar de mim, mas deve ser algo tipo um milagre. Enfeito, escuto música velha, tomo umas colheres de água de melissa e penso em dançar antes de sair. Escolho Suede, não sei porque, mas me divirto com Killing Of A Flashboy e os gatos pensam que estou louca e se assustam com o movimento giratório e os pulos. É porque são novos e só conheceram minha tristeza, minha resignação, minha apatia e greve com o mundo. Espantam-se e encho-os de beijos.

Tento recordar exatamente das coisas, mesmo assim, minhas palavras não são profundas o bastante, selvagens o bastante. Penso que hoje é um dia bom para dançar, ficar leve, virar criança, simplificar as coisas. Mas nem sei se tenho o direito de não pensar. Não pensar é a coisa mais difícil que existe.