Meus delírios, divagações, realidades e esquizofrenias, a quem interessar possa. Se viestes até aqui por bem, ego venia divinus indulge. Se por mal viestes, qui unum manus imprecatio divinus indulge. Danger: "Reperio scrobis et doli". Os comentários relativos aos posts deste diário são de responsabilidade dos visitantes, bem como condutas impróprias de clonagem de identidade em outros sites. Dúvidas, reclamações, declarações de amor? Email-me.

21 fevereiro 2006

U2 e a nova personalidade do momento

Achei um bom show. Apesar das luzes e explosões visuais, não achei assim super produção na questão SOM. Os vocais estavam bem reais, sem milhares de feitos, dava para perceber uma coisa mais humana, com suas falhas normais de voz e tudo. Além disso pelo menos os caras tocam mesmo, e não precisam de um monte de músicos de apoio como se viu nos Rolling Stones, que dublavam o tempo todo (KR nem tocava na guitarra e ela tocava assim mesmo!).
O que é esse guitarrista que toca base e sola ao mesmo tempo, faz backing, toca sintetizador, teclado, tudo. Chato o exagero de puxa-saquismo com o Brasil, uma hora fica forçado demais...
Vai ver que ao vivo funciona melhor.

E a Katilce?
A amiga do Bonno que subiu ao palco é a nova personalidade do Orkut.
Olha as comunidades que já criaram para ela:

- Odeio a gorda do show do U2
- Participei do chat da Katilce
- Tô no chat da Katilce
- Eu vi a Katilce beijar o Bono
- Katilce Miranda, nós te amamos
- Katilce, a namoradinha do Bono
- Katilce record mundial de scraps
- Katilce para presidente
- Katilce with lasers

- Katilce para o BB7
- Aulas de Ingles com Katilce
- Katilce recordista de scrap
- Katilce kd sua camera???

- Quero ver Katilce no Jô Soares
- Katilce, deixe a Madonna p/ nós
- 1as pessoas que acharam Katilce
- Soh o Bono comeria a Katilce
- Katilce subindo as calças
- Katilce - Ela representou!
- Bono e Katilce um lindo casal
- Qdo sai a Playboy da Katilce?
- We Love Katilce
- Katilce para presidente!!!!!!
- Katilce é celebridade
- Eu axo a *KATILCE* robert
- Katilce na playboy!
- A Katilce nunk vai ler tudo!
- Katilce nunca me beijou!
- Sou fã da Katilce
- Katilce a garota de sorte
- Troca comigo, Katilce!
- Fans da Katilce Miranda
- Foda-se a Katilce
- Katilce with lasers
- Cunhado da Katilce, O LINDÃO
- Katilce Miranda é gorda!
- Katilce para playboy
- Cala a boca, Katilce!
- Katilce de cu é rola
- Katilce cheira lança!
- Katilce a mais famosa do Orkut
- Katilce fama recorde
- Comunidade da Katilce? Não entro
- Katilce é uma vagabunda!
- A Katilce é muda?
- Bono não sabe escolher mulher
- Bono tv medo de bjar a gorda!
- Eu queria ser Katilce no show!
- Eu deixei scrap pra Katilce

17 fevereiro 2006

FDP!

Jabá. Experimentamos esse negócio aqui em Porto Alegre, através de um "acordo comercial". Paga um anúncio, um comercial, que rola. Precisávamos passar por isso, para ver como era mesmo. Pagamos pelo teste, pela comprovação, numa rádio nada a ver com nosso público. E foi muito divertido, ver nossa música ali, inserida na programação de repente, sem sentido nenhum, tocando nos rádios dos carros dos mauricinhos, com comentários dos radialistas, e com o "acordo comercial" entrando a cada meia hora: um comercial absurdamente prá baixo, com locução do próprio Rafael. Sim, porque eles queriam gravar eles mesmos o comercial do nosso show, como é o normal.
Não aceitamos. Imaginamos o radialista falando termos como "show de bola galeeeeraaaa!" e tivemos congestão. Rafael foi na rádio gravar. Um dos responsáveis perguntou o que estava acontecendo para os radialistas. Responderam que nós gravaríamos nosso próprio anúncio.
Qual a banda? (perguntou).
"Deus e o Diabo".
O QUÊ??? (A rádio era luterana). Não dá para mudar o nome não? (em real desespero).

Uma hora dessas disponibilizo o mp3 do comercial...vai entrar para a história, uma pérola.

É longo mais vale a pena. Transcrevo aqui partes da entrevista para a Playboy desse filha da puta (no bom sentido da palavra). Finalmente alguém de dentro sem medo de falar como funciona, e que vai continuar assim. Bandas independentes são como crianças abandonadas em abrigos. Ninguém quer ver, porque já se supões de antemão que não vai dar futuro, lucro. A vida é mercantilista. A arte não é para o estômago.

TUTINHA (Por Adriana Negreiros)

O dono do Pânico é um homem de difícil trato. E uma máquina de fazer dinheiro. Proprietário da rádio Jovem Pan, de um portal de internet, de uma empresa de telefonia e de vários outros negócios (incluindo uma pequenagravadora, a Bacana Records, e a Rádio Daslu, que toca na loja de madames), Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, ou simplesmente Tutinha Amaral, é um sujeito durão, insone e hipocondríaco. Do tipo que vai à farmácia epergunta quais as novidades do mercado. Ou que, ao deparar com uma funcionária que aparente estar tranqüila, solicita a ela que elabore, em meia hora, um relatório com todas as suas atividades e resultados obtidos. Não é à toa que ele inspirou um ex-funcionário, o comediante Felipe Xavier, a criar o Dr. Pimpolho, personagem que encarna o estereótipo do chefe irritado, mal-educado e explorador - apresentado diariamente na Rádio Mix,concorrente de Tutinha. Os desafetos não são novidade na vida deste paulistano que não tem papas na língua. O curioso é que quase ninguém fala mal dele publicamente. "Sou o homem mais temido da indústria fonográfica nacional", afirma. Faz sentido. Aos 20 anos, em 1976, quando foi para a Jovem Pan, Tutinha adotou o conceito de FM falada e acabou com o marasmo da programação de sala de espera de dentista.

Sua rádio foi responsável pelo lançamento de boa parte das bandas de rock dos anos 80. Hoje ela tem 50 afiliadas no Brasil inteiro e influencia inúmeras rádios pequenas no interior. Junto com as rádios Mix, Transamérica e 89, domina o segmento que mais forma opinião - os jovens dasclasses A e B. Ou seja, influi decisivamente no que "pega" no mundo da música. Por isso é tão escandalosa a crítica mais recorrente a Tutinha: de que ele cobra jabá (presentes, dinheiro ou vantagens) para que artistas toquem em sua rádio. Ele não nega, embora não goste do termo - prefere falar que é um "acordo comercial". Sem constrangimento, Tutinha diz ter ganhado 1 milhão de dólares por ter lançado a cantora colombiana Shakira no Brasil.Também afirma ter conhecido vários países graças aos pacotes pagos pelas gravadoras de artistas internacionais. Nesta entrevista, ele revela candidamente seu método de escolha dos músicos que tocam na Jovem Pan:"Recebo 30 artistas novos por dia na rádio. Seleciono dez, vou à gravadora e, para aquela que me dá alguma vantagem, eu dou preferência".

Além de músicos, Tutinha lançou apresentadores. Luciano Huck começou na Jovem Pan. Adriane Galisteu fez sucesso por lá antes de ir para a televisão. Emílio Surita iniciou sua carreira ao lado de Tutinha, e com ele criou o programa Pânico, inspirado nos talk shows do radialista americano Howard Stern. Alógica: metralhadora giratória que não poupa ninguém, desde o ouvinte até a celebridade mais badalada. A fórmula deu certo. O programa foi campeão de audiência e Tutinha resolveu levá-lo para a televisão. Bateu na porta daGazeta, do SBT, da Bandeirantes, até que conseguiu um patrocínio da operadora de telefonia Vivo e emplacou na Rede TV!. O programa fez sucesso e foi cobiçado por Silvio Santos. As negociações com o SBT não prosperaram,mas o contrato com a Rede TV! termina em 2007. Tutinha pensa em montar sua própria rede. "Aos poucos, estou colocando o pezinho na televisão", revela. Seria uma espécie de volta à infância. Ele praticamente nasceu dentro de uma emissora. Seu avô, Paulo Machado de Carvalho, foi dono da TV Record. O pai, Tuta, era diretor da rede no auge dos festivais da canção. Ainda criança, assistiu de camarote aos primeiros acordes da turma da Jovem Guarda. Suas lembranças são as de um típico filhinho de papai. Levava os amigos da escola para assistir a Perdidos no Espaço no cineminha da Record. Fazia travessuras com as estrelas da casa e, quando confrontado, lembrava a elas que era o neto do patrão. Ele afirma que aos 14 anos já bebia, fumava, jogava sinuca e, mais importante, transava com as bailarinas da emissora. Aos 15, dirigia um programa infantil e ensaiava suas primeiras incursões pelo besteirol. Tutinha recebeu a repórter Adriana Negreiros para duas sessões de entrevista no escritório da Jovem Pan, na avenida Paulista, em São Paulo.

Perto de completar 50 anos, em março, em seu quarto casamento (com três filhos), ele é um vaidoso assumido: na sessão de fotos para PLAYBOY, sua maior preocupação era esconder a barriga. Também é um workaholic assumido. No dia da entrevista, contou que chegara ao escritório às 5 da manhã. Na falta do que fazer, jogou paciência. Agitado, bebeu café, brincou com o celular e despachou, sem muita conversa, uma funcionária que insistia em interromper a entrevista. Ao fim da segunda sessão, recebeu um afago da mulher, Flávia Eluf, retribuído com um forte abraço e um tapinha de leve no bumbum. "Não sou nada do que dizem", defendeu-se. "Sou um puta louco, adoro falar merda." E comprova: "Você sabia que eu já comi dez capas da PLAYBOY? O duro foi engolir os grampos".

PLAYBOY> Você é um dos homens mais temidos da indústria fonográfica do Brasil. Por quê?
TUTINHA > Sou o mais temido, lógico. Sou assim mesmo. Se não tocar na minha rádio, a Jovem Pan, o artista não estoura. E não sou bonzinho. Se a música é ruim, digo para o artista: "Não vou tocar, seu disco é uma porcaria. Tchau e não me amola".

PLAYBOY> Muita gente dizque você é jabazeiro [que cobra jabá].
TUTINHA > Me chamem do que quiser. Na minha rádio tem nota fiscal, tô pouco me danando. O cara para entrar no Fantástico também paga. Jabá é quando você faz ilegalmente na empresa. O que eu faço são acordos comerciais.

PLAYBOY> Que tipo de acordo?
TUTINHA> Por exemplo: hoje chegam 30 artistas novos por dia na rádio. Por que eu vou tocar? Eu seleciono dez, mas não tenho espaço para tocar os dez. Aí eu vou nas gravadoras e para aquela que me dá alguma vantagem eu doupreferência.

PLAYBOY> Que vantagem?
TUTINHA> Se você tem um produto novo, você paga pra lançar. Era isso o que eu fazia. Eu tocava, mas queria alguma coisa. Promoção, dinheiro. Ah, bota aí 100 mil reais de anúncio na rádio. Me dá um carro pra sortear para oouvinte. Mas hoje não tem mais isso. As gravadoras não têm mais dinheiro. O que pode existir é o empresário fazer acordo. Ah, toca aí meu artista e eu te dou três shows. Ou uma porcentagem da venda dos discos.

PLAYBOY> Isso não é jabá?
TUTINHA > Não. Na Jovem Pan nunca teve jabá. Antigamente as rádios tinham. Quando eu comecei a trabalhar, até me assustava. A Rádio Record ficava junto com a Jovem Pan. Na época, chegava o cara da gravadora e dava dinheiro, walkman, relógio para o radialista. Quando eu entrei, eu pegava essas coisas para a Jovem Pan. Nas outras rádios, os donos não estavam. Eu não tinha interesse em roubar a Jovem Pan. Queria fazer negócio. Antes o rádio era muito amador. Então a gravadora dava uma coisa pro cara, dava mulher.

PLAYBOY> Mulher?
TUTINHA> É, mandava o cara pro puteiro. As gravadoras faziam qualquer coisa pra tocar a música.

PLAYBOY> Alguma artista já tentou fazer sexo com você em troca de tocar a música na rádio?
TUTINHA > Já, mas não vou falar quem foi. Eu estava na minha sala, entrou uma mulher com um vestido, tirou o vestido e disse: "Se você tocar minha música..."

PLAYBOY> E a mulher estourou?
TUTINHA > Não, porque não tocou na Jovem Pan. E eu não a comi.

PLAYBOY> As gravadoras já te ofereceram absurdos?
TUTINHA > Ah, tudo o que você pode imaginar.

PLAYBOY> Um harém?
TUTINHA> Não, isso não. O que eles faziam era me levar para conhecer os artistas. Mas eu não me vendia por isso. Eles lançavam o novo disco da Gloria Estefan e me convidavam assim: primeira classe, carro com motorista, backstage do show em Amsterdã, junto com o presidente da Sony. Depois um jantar fechado com a Gloria Estefan. E o cara achava que eu tinha que tocar porque tinha tido essa moleza, né?

PLAYBOY> E tocava?
TUTINHA> Às vezes sim, às vezes não. Mas eu fiz muitas viagens assim. Conheci quase tudo. Fiz coisas incríveis. Por exemplo, fui ver o Michael Jackson, sentei na mesa com ele.

PLAYBOY> Você bateu papo com o Michael Jackson?
TUTINHA> Ah, aquela coisa de hello, né? Tinha 8 mil negos lá. Era "my name's Michael, my name's Tuta". E ele me deu aquela mão gigante, branca! Eu tinha muita mordomia. Era assim: "Quer ver o U2? Vamos. E depois a gente vai jantar com o U2". Sempre eles fazem isso. Depois do show, fecham um andar do hotel, convidam rádios de vários lugares do mundo e fazem um lobby. O artista vai lá, fala oi pra todo mundo, a gravadora distribui brindes. As gravadoras tinham dinheiro e eu acho isso bacana, profissional.

PLAYBOY> Quais artistas a Jovem Pan estourou?
TUTINHA > Tudo. Qualquer coisa que você pensar foi a Jovem Pan que lançou. Madonna, Lulu Santos, Titãs. A Jovem Pan fez a história da FM. Se não tocar na Jovem Pan, tá frito. A Jovem Pan tem o poder de formadora de opinião no Brasil inteiro. É uma referência para as rádios do interior.

PLAYBOY> Lançou as bandas de sucesso da década de 80, como Kid Abelha, Capital Inicial, Ira!?
TUTINHA> O Ira! não. Um ou outro não lançamos. Eu dei uma pisada grande na bola com a Blitz. Quando ouvi a música, falei: "Não vou tocar essa porcaria nem morto". E logo depois era a música mais tocada no Brasil inteiro. Mas em compensação eu acertei os Mamonas Assassinas, que ninguém tocava. Não dá pra acertar sempre. Eu também me ferrei com o Renato Russo.

PLAYBOY> Por quê?
TUTINHA > Numa época a gente fazia o artista cantar "Jovem Pan" no meio da melodia. Então vinha o Caetano Veloso, tinha uma música nova, e cantava "Jovem Pan" no ritmo da música. E uma vez veio o Renato Russo e disse: "Minha música é uma obra-prima e eu não vou falar 'Jovem Pan'". Eu falei: "É mesmo? Então vai pro inferno, vai tocar essa música lá na Transamérica". Eu quase bati nele.

PLAYBOY> E não tocou mesmo?
TUTINHA > Tive que tocar, a música foi um sucesso. E depois eu fiz um show do Legião Urbana no estádio do Palmeiras, em São Paulo. Ganhei tanto dinheiro que saí com a caixa igual à da Igreja Universal, cheia de dinheiro.Outro com quem eu fui malcriado foi com o Zé Ramalho. Ele disse que não ia cantar "Jovem Pan" e eu mandei ele pro inferno. Ele perguntou: "Quem é esse moleque?". Disseram que eu era o dono. Ele veio com um "não, peraí". E eu disse: "Peraí não, some daqui".

PLAYBOY> Com quem mais você brigou?
TUTINHA> Com o Roger, do Ultraje a Rigor. A Jovem Pan foi a primeira a tocar aquela música deles, "quem quer dinheiro, índio quer dinheiro", uma coisa assim. E eu combinei com o empresário de me dar três shows. Muito bem, você quer tocar o Roger? Eu quero três shows de graça e vou fazer promoção para a Jovem Pan. Pois ele estourou e não me deu os shows. Parei de tocar. Aí o Roger foi pro Rock in Rio e cantava: "Tutinha, filho-da-puta, Tutinha, jabazeiro". No Maracanãzinho, no meio do show! Aí eu o processei, fomos para o tribunal e ele me pediu desculpas, falou que não teve a intenção. Mas eu nunca mais toquei. Só agora, 20 anos depois, depois que o Ultraje a Rigor praticamente acabou, fiquei com pena e deixei ele tocar.

PLAYBOY> Você tinha um contrato com o empresário do Ultraje?
TUTINHA > Como eu sabia que o artista precisava tocar na Jovem Pan, não fazia contrato. Era uma coisa de boca. Eu vou tocar o seu artista, você me dá o show e tchau. É assim com o Haroldo, empresário do Capital Inicial. Eu toco, quando eu preciso ele me ajuda, quando ele precisa eu dou comercial de graça, se eu preciso de um show, ele me dá. Mas também não fico abusando, não vou pedir dez shows. Hoje a gente tem um relacionamento ótimo com os empresários. Olha, você vai me dar um show da Pitty para um evento da carteirinha de estudante Jovem Pan e eu ajudo na música nova. É assim. Beleza, nada em contrato, tudo na boca.

PLAYBOY> Além da Blitz, que outro erro de avaliação você cometeu?
TUTINHA > A Shakira. Existe uma dificuldade para se tocar música em espanhol no Brasil. Não temos essa radição. Aí a gravadora falou assim: "Te dou 1 dólar por disco se você tocar a Shakira". Eu falei: "Não vou tocar essa porra". Peguei o disco e joguei em casa. Depois de uma semana eu voltei e ouvi minha filha assim, cantando: "Estoy aquí, queriéndote". Voltei na gravadora e falei: "Aceito o acordo". A Shakira vendeu 1 milhão de discos e fizemos 70 shows lotados. Mas ela não era nada. Eu dei um jantar na minha casa para a Shakira e ninguém queria ir. Convidei o Rogério Fasano, o Luciano Huck, ninguém queria ir.

PLAYBOY> A Mariana Kupfer trabalhou no Pânico na rádio e agora é alvo das brincadeiras do programa. Qual é a história de vocês com ela?
TUTINHA > A Mariana Kupfer é um zero à esquerda. Se achava a gostosona e por isso uma vez veio aqui pedir trabalho. A gente tinha uma história de colocar sempre uma patricinha que servia de escada para os caras zoarem. Ela quis fazer esse papel e por causa dele foi convidada para a Casa dos Artistas. Por causa desse papel, lançamos um CD dela que vendeu 40 mil discos. Quando ela voltou pro Pânico, depois da Casa, estava se achando e começou a se sentir ofendida. Aí teve alguns pegas no programa e aceitou um convite do Otávio Mesquita para ir pra TV. E foi sem me dizer tchau. Eu tinha ajudado a Mariana, que não era nada. Vinha aqui me puxar o saco, me dizer que eu era um gênio. Depois que o Pânico na TV estourou, ela voltou a me rondar. Entrou na minha sala e disse: "Nossa, querido, que saudade". Eu odeio falsidade. Saudade o cacete. Disse: "Tchau, vá embora, some daqui". Se a pessoa me sacaneou, até logo.

PLAYBOY> O Pânico não exagera?
TUTINHA > Várias vezes. O cara estar no telefone e você ir lá abaixar a calça dele não dá, né? Também odeio coisas escatológicas. A gente faz reunião, porque eles são um bando de porras-loucas sem limites.

PLAYBOY> Como na vez em que a Sabrina Sato masturbou um porco?
TUTINHA> Essa foi horrível, passei uma semana sem dormir. Dei um puta esporro quando acabou o programa. Essa é uma das piores.

PLAYBOY> Desde quando você gosta de besteirol?
TUTINHA> Meu avô era dono da TV Record. Desde pequeno eu vivi em televisão, comecei a trabalhar com 15 anos. Fazia a direção de um programa infantil chamado Setinho e todo mundo ficava me instigando a fazer sacanagem. O apresentador, que era o Durval de Souza, gostava de falar perto da lente. Eu botava a câmera lá no fim do estúdio, o mais longe que desse, e punha o zoom grande. Ele vinha falando perto e a cara dele ficava inteira distorcida. Ele queria me matar, mas eu era neto do dono e sempre tinha mais uma chance.

PLAYBOY> Você tinha outras vantagens?
TUTINHA > Ah, eu fazia umas coisas como levar todos os meus amigos para ver Perdidos no Espaço no cineminha da Record. Lotava o cinema de amigos da escola, pedia pizza e Coca-Cola pra todo mundo. Eu fumava, bebia. Adorava aquele ambiente de televisão. Ia no balé, era louco pelas bailarinas. E pegava um monte delas! Era neto do dono, né?

PLAYBOY> A TV Record já foi da sua família e hoje pertence a outros donos. O que você acha da programação atual?
TUTINHA> Uma bomba, com aqueles bispos falando. A Record era mais divertida. Tinha umas coisas assim: uma propaganda ao vivo em que uma garota aparecia tomando uma bebida. Os caras faziam xixi na garrafa e ela tinha que beber, sem perder o rebolado. Eu vivi muito coisas assim porque minha família praticamente começou com o Assis Chateaubriand a televisão no Brasil.

PLAYBOY> Quando você entrou na Jovem Pan?
TUTINHA > Meu pai me chamou pra montar a FM no rádio. Já existia um conceito de FM, mas era FM de dentista, aquela rádio só musical. A gente fez uma rádio misturada. Tocava Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, tudo. Explodiu. Agente acertou logo de cara.

PLAYBOY> Quem eram os artistas brasileiros que tocavam na rádio?
TUTINHA > Na época, o forte era bossa nova. Tinha também a Elis Regina, o Jair Rodrigues, o Trio Mocotó. A rádio ia acompanhando as tendências. Eu levei os artistas da televisão para o rádio - a Hebe Camargo, a Cidinha Campos, o Roberto Carlos.

PLAYBOY> E os estudos?
TUTINHA > Eu já tinha largado a Faculdade de Comunicação Social. Eu trabalhava muito, fazia a Hebe, tinha que ir ao ensaio, depois à noite tinha que fazer o programa. Não tinha tempo para estudar e não gostava.

PLAYBOY> É difícil manter o vigor dos primeiros programas?
TUTINHA > É duro porque a Rede TV! não dá recursos. É o maior programa da emissora, o maior faturamento, levantou o prestígio. Tinham que dar tapete vermelho pro Pânico.

PLAYBOY> Você estendia tapete vermelho para os artistas, quando tinha a produtora? Atendia muitas exigências?
TUTINHA> Sim. Principalmente dos brasileiros. Americano é muito profissa. Ele fala: quero 20 garrafas de água Perrier, 30 toalhas brancas, mulher. Alguns querem drogas e só. Mas brasileiro é over, quer suíte presidencial que não pode ter o tapete marrom. O Caetano Veloso gostava de terminar o show e ter um jantar pra ele. A gente armava, ele convidava os amigos.

PLAYBOY> Quem pedia drogas?
TUTINHA > O Ramones. A gente alugou o hotel Maksoud, em São Paulo, e um cara do Ramones não trouxe mala. Viajou com a roupa do corpo e passou cinco dias com a mesma roupa. Ele entrava no quarto e pedia marijuana. A mim dava medo. Mas essa não era minha parte, eu tinha outros sócios. Eu era responsável pela iniciação do negócio, arrumar o artista. E eu tinha mais facilidade de conseguir o artista porque tinha rádio. Entrava e falava com o presidente da gravadora, falava que ia tocar o disco.

PLAYBOY> Dizem que você ganhou uma moto Kawasaki pra divulgar o disco Faith, do George Michael.
TUTINHA > Mentira. Essa moto eu ganhei de presente do meu pai. Ah, todo mundo fala mal de todo mundo.

PLAYBOY> A internet diminuiu o poder das rádios?
TUTINHA > Nada é mais forte do que a rádio para música. Nem a Globo. Só rádio faz a música estourar. Você não vê o Fama? O cara vai lá, uma puta audiência, e cadê aqueles caras?

PLAYBOY> Cadê?
TUTINHA > Não emplacam porque para isso eles têm que fazer acordo pra tocar na Jovem Pan. Não fazem, não estouram. Nunca me procuraram, nunca estouraram. Por exemplo, o Rouge. Fez acordo para a Jovem Pan aparecer no programa deles do SBT. Era um acordo comercial que não envolvia grana, mas aparições na televisão, mostrar a rádio, coisas assim. E o Rouge explodiu. Depois não foi feito acordo com o Broz e o Broz não deu em nada. Além da rádio, só a novela influencia. MTV é zero. Eu gosto de música brasileira. Bossa nova, João Gilberto. Do Tom Jobim eu gosto pra cacete.

PLAYBOY> E da moçada nova?
TUTINHA > A música brasileira de hoje é um lixo. É uma música que não vai fazer história. Que história vai fazer o CPM 22, me fala? O Charlie Brown?

PLAYBOY> Por que não?
TUTINHA > Porque é uma música temporal, que combina com a idade do moleque. A letra não é forte, não tem sentimento. "Ah, vou fumar maconha, vou rasgar a calça, vou comer a mina, vou cuspir na cara, vou dar o cu na esquina". É isso aí, com raras exceções, como o Rappa e o Marcelo D2. Mas a maioria das músicas é feita por produtoras com o objetivo de vender discos. Eu acho lamentável, mas tenho culpa nisso porque não dou oportunidade para novos gêneros.

PLAYBOY> Na época do boom do axé, como era a relação da Jovem Pan com as bandas baianas?
TUTINHA > A Jovem Pan tocou axé e a Bahia inteira desceu aqui pra tocar.

PLAYBOY> Tocou É o Tchan?
TUTINHA > Não, mas tocamos Netinho, Ivete, Banda Eva e Banda Mel. Depois a gente achou que a rádio caiu e podia ser o axé. É que essa rádio é conceito, sabe? Por exemplo, a molecada gosta de samba. Mas a gente acha queconceitualmente tocar Inimigos da HP, por exemplo, atrapalha a rádio. Então a gente prefere tocar rock, house e música brasileira e não arriscar a audiência.

PLAYBOY> Mesmo que os acordos comerciais sejam ótimos?
TUTINHA > Não tem acordo pra coisa que a gente não gosta. Pode vir aqui, mandar 200 mil dólares pra tocar e a gente não toca, não adianta.

PLAYBOY> Como vai a Bacana Records, sua nova produtora de discos?
TUTINHA> Estamos fazendo alguns acordos com a Trama. A Trama é uma gravadora de artistas novos, mas falta o lado comercial lá dentro. Não adianta o cara ficar fazendo o disco do Max de Castro se não botar música comercial. Lança 20 discos e ninguém ouve. O cara tem que ser esperto. Pode até perverter um pouco, entendeu? O Seu Jorge, esperto, gravou Chico Buarque e entrou.

PLAYBOY> Parece que você é muito amigo do Milton Neves...
TUTINHA > Não sou. Nunca fui. Vamos falar a verdade? Acho o Milton Neves de quinta categoria. Bota aí que eu meti o pau nele. Ele é um canalha.

PLAYBOY> Mas as declarações dele sobre você são muito elogiosas.
TUTINHA>As pessoas falsas são assim. Estão te sacaneando por trás e falam bem de você. Profissionalmente eu o respeito e admiro, mas ele é é um injusto.

PLAYBOY> O Luciano Huck declarou que você é ótimo, até a hora em que pisam no seu calo. O que é pisar no seu calo?
TUTINHA > É tipo assim, o Jota Quest. O empresário deles se chamava Chantilly e me prometeu um show em Maresias. Eu montei um estande de verão em Maresias, no litoral de São Paulo, vendi o patrocínio. E ele fez um show com a rádio Mix em frente ao meu estande. Por isso eu não toco o Jota Quest.

PLAYBOY> Você teve prejuízo financeiro?
TUTINHA> E moral. Eles que se danem! Ou eles me pagam o prejuízo que eu tive, me dão o show, ou eu não toco. Eu não sou de brigar, mas se o cara faz show com uma rádio concorrente, então que vá pedir para aquela rádio tocar,vá para o inferno. Agora eles estão sofrendo, porque não tocar na Jovem Pan é muito grave, acaba com o artista. Eu tenho pena? Tenho. Mas eles têm que me ressarcir. A Ivete Sangalo também fez parecido.

PLAYBOY> O que a Ivete fez?
TUTINHA> O Jesus, o irmão dela, se comprometeu a fazer show comigo. Botei anúncio na rádio, no jornal, um dia ele me ligou e disse: "Não vou fazer". Como a Ivete é muito poderosa, ela acha que pode fazer isso. Mas um dia éda caça e outro é do caçador. Ela é um amor, apesar do irmão, que eu odeio. A Ivete namorava o Luciano Huck, a gente ia jantar, eu gosto dela. Mas o irmão é de quinta categoria e um dia vai prejudicar a carreira dela. Ela que abra o olho.

PLAYBOY> Muitas pessoas já tentaram prejudicar sua carreira?
TUTINHA > Houve uma época em que as gravadoras quiseram acabar com essa história de dar prêmio ou dinheiro para as rádios tocarem as músicas. Porque o negócio estava generalizado, todo mundo queria um carro, uma viagem, uma camiseta. Então as gravadoras resolveram acabar com a Jovem Pan, porque a Jovem Pan é a mais forte. Então eu parei de tocar as músicas de todas as gravadoras. Eu fiquei sócio de um amigo na gravadora Paradoxx e só tocava essa gravadora. A rádio foi para o primeiro lugar e a Paradoxx foi a que mais vendeu discos naquele ano. A gente tocava dance. Aí as outras gravadoras desistiram da briga e voltaram.

PLAYBOY> Você é rico?
TUTINHA > Eu sou. Eu ganho dinheiro, sou um cara de idéias, montei sete negócios. Tenho a Revista Jovem Pan, uma empresa de telefonia, o portal Vírgula, a Carteira de Estudante. No ano passado vendi quase 150 mil carteirinhas. Faço shows, faço eventos.

16 fevereiro 2006

Cultura sim

Não poderemos comparecer na abertura. Mas iremos conferir com certeza.
O Doug é mesmo um artista, no sentido melhor que imagino essa palavra.

15 fevereiro 2006

Oremos para ser verdade

New Order tocará em Porto Alegre em maio.

"O grupo britânico New Order vai tocar em Porto Alegre em maio deste ano, com data a ser definida entre 17 e 18 de maio. Os ingressos para o show deverão custar R$ 60. A banda de Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris - já que a tecladista Gillian Gilbert afastou-se do New Order para cuidar dos filhos - vai ser a primeira atração de um novo espaço de espetátuclos, chamado Pepsi On Stage. Hook, o baixista, talvez volte à capital gaúcha em junho, para tocar em um evento de música eletrônica.
O New Order já tocou em Porto Alegre há quase 20 anos. Em novembro de1988, a banda se apresentou para 15 mil pessoas no Gigantinho. Para os saudosos daquele tempo, a Warner Music lançou em DVD o documentário New Order Story, que reúne clipes e entrevistas com os membros do grupo eadmiradores e parceiros como Bono Vox, do U2, e Neil Tennant, dos Pet Shop Boys. O filme, que já havia sido lançado em vídeo, conta a históriada banda, desde os tempos em que o grupo se chamava Joy Division, passando pelo suicídio do vocalista Ian Curtis, até a retomada, já como New Order e com Sumner assumindo os vocais e Gillian ingressando na banda. O espaço Pepsi On Stage tem 3,2 mil metros quadrados e está instalado no mesmo galpão que recebeu o show do The Strokes, em outubro do ano passado."

Quem será que vai abrir? Hey, fãs: Campanhas a nosso favor!
; D

09 fevereiro 2006

Bettie aos 80?

aqui.

06 fevereiro 2006

Chargista: Profissão perigo

Reproduzo aqui minha opinião na lista de discussão da Zero:

"Olha, eu estou chocada, porque não tem desculpa o nível de violência que gerou por causa de uma simples charge. Tem reportagens onde mostra líderes muçulmanos pedindo calma e recriminando os atos, que é vandalismo puro, desculpa para extravasar a própria loucura que eles criaram entre si.
Vamos passar a mão na cabeça e dizer "deixa os caras, não mexam com eles" ?
Acho um perigo maior ainda. Se uma gota resultou nisso a e gente aceita, mais 100 anos e tá todo mundo morto, fora os muçulmanos. Houve erro em republicar e republicar o negócio após a baderna, isso sim.
E agora com esses filmes sobre terroristas não vai dar nada?
Cuidado, um cinema próximo de vc pode explodir.
Olha, confesso que se eu fosse chargista acho que teria tido essa idéia sem imaginar um absurdo destes.

É muita pré-história. Os católicos fizeram isso lá pelo ano 200, contra os gnósticos, que também eram seguidores de Jesus mas interpretaram os ensinamentos de outra forma, e escreveram evangelhos que não foram "escolhidos" na "montagem" da Bíblia. Hoje pode ter a charge que tiver com a vida de Jesus, Madalena e quem for que ninguém sai matando. Temos até um Jesus Cristo Super Star!
Por curiosidade tentamos achar aqui onde fala este lance das virgens num alcorão espanhol. Nada. Mas porque o barraco se é o que eles pregam e ensinam? Não era nenhuma calúnia.

Por curiosidade (2) e sem querer ofender ninguém, é verdade ou sacanagem o lance das 300 cuecas?
Dá outra charge legal.

Estatísticas...frases

Recém é dia 06/02, mas as estatísticas de acesso deste mês do site da DEOD, via frases inseridas em buscadores da internet, é tão delirante que preciso postar aqui (sem correções ortográficas):

deus e o diabo
pessoas artomendadas pelo diabo
o diabo
fotos em alta resolução
mtv-rs
cd da belissima
foto do diabo
o diabo pode falar através da boca das pessoas ?
com deus
a arte para deus
deus & o diabo
foto da banda radiohead
papapel musica
celta.alan
cine porno
bandinhas gauchas
tudo sobre o diabo
gothik night
gilson denny
rodrigo zoio
o repertório de cantores de deus
papapapapel
bandinhas gaúchas
como fazer uma copia de um cd musical
fotos de alta resolução
diabo~
saite oficial de marilyn manson
fotos em alta
música pa-pa-pel
papapel- musica
programa do diabo
o underground no cotidiano

Maldoror

Não existe hipótese alguma de encontrar as obras do Conde de Lautréamont/Ducasse, o maldito dos malditos, traduzidas, edição da Iluminuras. Aqui acha-se tudo em francês, mas haja tempo e sensibilidade para traduzir algo do tipo, com um texto quase surrealista.
Isidore Ducasse era filho de um funcionário do consulado françês de Montevidéu, que teve tempo apenas de nos legar sua estranha obra, antes de falecer com apenas 24 anos, em circunstâncias ainda inexplicadas. Já falei do moço em outras circunstâncias, no extinto blog que não era só meu.
Achei também este
link, de um suposto FILME (!).

"Minha poesia consistirá, só, em atacar, por todos os meios, ao homem, esta besta selvagem, e ao Criador, que não devia ter gerado semelhante criatura. Recebi a vida como uma ferida e não permiti que o suicídio curasse a cicatriz. Descobriram em minha fronte uma gota de esperma, uma gota de sangue. A primeira havia brotado dos espasmos de uma cortesã!... A segunda havia saltado das veias do mártir!... Odiosos estigmas!... Pois bem, escuta... a confissão de um homem que lembra ter vivido meio século, sob a aparência de um tubarão, nas correntes submarinas que varrem as costas da África... Não arrojarei a teus pés a máscara da virtude... teu respeitoso discípulo na perversidade, porém, não como um temível rival.. já que não te disputo a palma do mal, não creio que outro o faça: antes deveria igualar-se a mim, o que não é coisa fácil... a montanha já não está alegre... permanece solitária como um ancião... as casas existem, mas não se poderia dizer o mesmo sobre aqueles que nelas já não existem".

1,2,3...Música!

Atualizei ali do lado dois belos links que disponibilizam muitos sons e que eu consulto quase sempre. Um é o da Sylvie, amiga da Lista da Zero, e o outro (logo abaixo) é indicação da mesma.
Além destes, outras coisitas boas:

http://aisporecords.zip.net (indicação deste rapaz)
http://torr.typepad.com/weblog/
http://bestfbothworlds.blogspot.com/
http://d-cut.blogspot.com/
http://www.spoiltvictorianchild.co.uk/

02 fevereiro 2006

Meio out...

...nestes dias. Como diz a nova do Martinelli:
"...o conforto de se estar cansado..."

A Agda é linda. Penso nela o dia todo.
Como dizia aquele neguinho prá Maria Joaquina, "Eu a amo..." (*suspiros*)...

Assassino do Bowie, ou Passamos sempre vergonha

Coachella Line Up:

Day 1:
Depeche Mode
Franz Ferdinand
Sigur Rós
Common
Damian Marley
Atmosphere
Carl Cox
My Morning Jacket
Ladytron
Clap Your Hands Say Yeah!
Tosca
Cat Power
Animal Collective
Hard-Fi
Devendra Banhart
She Wants Revenge
The Walkmen
The Juan Maclean
Audio Bullys
Lady Sovereign
Deerhoof
The Duke Spirit
Editors
Stellastarr
Lyrics Born
The Zutons
White Rose Movement
Colette
Wolf Mother
The Living Things
Nine Black Alps
Youth Group

Day 2:
Tool
Yeah Yeah Yeahs
Bloc Party
Paul Oakenfold
Scissor Sisters
Matisyahu
James Blunt
Mogwai
TV On The Radio
Sleater-Kinney
Gnarls Barkley
Coldcut
Digable Planets
Amadou and Mariam
Little Louie Vega
Mylo
Seu Jorge (o assassino, esse aqui!!)
Phoenix
Wolf Parade
The Go! Team
Metric
Imogen Heap
Art Brut
Dungen
The Dears
Jamie Lidell
The Magic Numbers
Los Amigos Invisibles
Jazzanova
Michael Mayer
Mates of State
Gilles Peterson
Gabriel & Dresden
The Subways
Minus the Bear
Giant Drag