Meus delírios, divagações, realidades e esquizofrenias, a quem interessar possa. Se viestes até aqui por bem, ego venia divinus indulge. Se por mal viestes, qui unum manus imprecatio divinus indulge. Danger: "Reperio scrobis et doli". Os comentários relativos aos posts deste diário são de responsabilidade dos visitantes, bem como condutas impróprias de clonagem de identidade em outros sites. Dúvidas, reclamações, declarações de amor? Email-me.

30 agosto 2005

Rápidas e curtas

Após duas semanas com o físico pedindo socorro, entraremos em férias. Eu e o Martinelli estaremos ausente da província do dia 03 até o dia 11. Mandem emails se for o caso. Provavelmente passo por aqui no perído para ver se tenho recados.
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Nossa máquina está 100% agora. Na volta, muitas coisas a fazer. Novo drive com gravador de DVD junto e mais memória, tá Fórmula 1! Quer clipezinhos? Dicas:
http://granfaro.blogspot.com/2005/04/622-music-videos-various-from-perfect.html
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Confirmado show com os Eslovenos, para novembro, em Porto Alegre. Aguardem.
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Lembrei de um vinil que eu ouvia muito quando criança, e uns amigos da lista da Zero me passaram uns mp3: Art of Noise. É "Ambient", tipo início do lounge, na música eletrônica. "Qualquer um que encontrasse os membros do Art of Noise na rua jamais acreditaria que eles são uma das bandas pioneiras do techno-pop britânico. A banda é formada por Paul Morley, Gary Langan e Anne Dudley, que hoje poderiam tranqüilamente ser confundidos com distintos aristocratas ingleses. O destaque da banda é Anne Dudley, que na carreira teve experiências que vão do punk new wave aos arranjos feito para o grande sucesso "No More Lonely Nights", de Paul McCartney. A Sra. Dudley tem também um Oscar no currículo, pela trilha sonora do filme "Ou Tudo ou Nada". Ouvir isto depois de tantos anos me faz pensar que eu não era uma criança muito normal, o que me dá um prazer imenso.


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Tá enchendo estas mensagens noOrkut de troca de cor e isso e aquilo. Como se não bastasse, parece que inseriram um vírus no troço que pede para recadastrar os dados, e imagina o que vai acontecer. Não sei como pode ter gente que sai a repetir bobagens sem conhecimento nehum por aí. Teve uma criativa:
O BOTÃO "INICAR" DO WINDOWS COMEÇARÁ A SER PAGO A PARTIR DE 31 DE FEVEREIRO DE 2006!!! NÓS TEMOS QUE FAZER ALGO...
Por isso, mande para 25.999 pessoas da sua lista essa mensagem, pelo menos 10 vezes para garantir... Feito isso, o Botão Iniciar vai ficar verde, brilhar e começar a dançar pelo seu Desktop ao som de "Festa no Apê". E além de não pagar pelo uso do botão Iniciar, você ainda receberá 50 dólares da Microsoft para cada vez que der click duplo no seu mouse. É sério! Eu já fiz isso... Faça você também a sua parte!!!

26 agosto 2005

Sonho Ecumênico

Ela tossia, e tossia muito, sem parar. No início senti, sentíamos pena, pavor até. Depois inesperadamente a irritação, a vontade de gritar CHEGA! bem alto, de jogar um travesseiro na guria. Mas era um sentimento tão amoral que ninguém ousava pensar, quer dizer, pensava e logo PLIM!, despensava no ato. Nada me fazia conseguir dormir. Olhei para as camas ao redor, e simplesmente todo mundo estava acordado, umas com o travesseiro na cabeça, umas fumando na janela, outras sentadas na cama, joelhos dobrados e cabeça entre as pernas. De repente levantamos, uma a uma, e fomos averiguar o estrago. Os olhos da pobrezinha arregalados, mas opacos, a cada tossida o corpo levantava meio metro da cama. Não falava, nem conseguia, e respingos de sangue pulavam da boca escancarada a cada investida, nos fazendo recuar alguns passos.
**
E de repente, aconteceu. Foi rápido assim, sem ninguém esperar, sem ninguém combinar. A pegamos pelos cantos do lençol e solenemente caminhamos até o pátio, nem o frio sentíamos subindo pelos pés e pernas nuas. Cavamos, cavamos muito, como um bom cristão deve merecer, sete palmos. Delicadamente descemos o corpo sobre o lençol até lá embaixo. A escuridão nos impedia de ver os olhos, arregalados ainda. Depois de um tempo voltamos. Fumei meu primeiro cigarro. Dormimos, finalmente.
**
Pela manhã as Irmãs se assustaram e perguntaram dela. Respostas evasivas bastaram. Como era a mais velha, fui chamada ao gabinete para explicar. Não estavam nada zangadas, nem podiam. Tinham a deixado lá conosco para morrer mesmo, ao invés de deixá-la na enfermaria, perto demais dos alojamentos delas. Depois de uma ou outra resposta curta, pedi licença. Explicaram que fariam tudo certo, até com uma cruz de ferro forjado. Dei de ombros.
**
Quando já estava saindo pela porta ouvi a Madre: "Filha, a que horas ela...silenciou de vez?"
Pensei um pouco: "Não sei bem senhora, depois de uns 4 palmos de terra não ouvimos mais nada...".

25 agosto 2005

Espero que sim...


Zede Etes, mais três shows. Se minha bronquite alérgica deixar.

16 agosto 2005

Clipe!!!

Disponibilizei em nossa página um videoclipe da música Liga prá mãe.
São cenas ao vivo de diversos shows. Baixa lá! Acessa no seguinte link:
http//www.deuseodiabo.com/audiovideo.htm

R.I.P.

E agora, quem vai lamber minhas pernas quando eu for na casa dos Osterkamps? Que cão aturaria tantos decibéis de ensaios e gritarias? Homenagem nossa e a pedido da Andréa. Rest in peace Obelix.

15 agosto 2005

Sarau

Foi na quarta passada o Sarau do Museu, a convite do amigo Amon. Pessoas de todas as idades, altamente democrático: estudantes, blogueiros, orkuteiros, senhores do Clube Literário, teve quem tocou gaita, gaita de boca, violão, baixo, teve poesia, declamação, diálogos de msm, leitura de notícias, opiniões... Na entrada, telão com clipes e dj nas "pikapes". Vinho e salgadinhos para todos, assim, liberado. Computador à disposição para quem quisesse ficar on line. Nosso set list foi: Duplo, Vida de Supermercado, Onu & EUA, Sobrenome, Observática e Farrapos. Algumas coisas lidas e umas imagens aqui embaixo. E outra aqui.

ONU & EUA (Rafael Martinelli)
Na TV vi bebês
sem pais, sem mães, sem mãos.

Tão cirúrgicas as bombas
caem lá.
Troco o canal,
fecho o jornal,

não é comigo, não.
São só uns.
Estatísticas, números, fotografias.

Tão cirúrgicas as bombas
caem lá.
Troco o canal,

fecho o jornal,
não é comigo, não.
(Abra as pernas pra América)
Se é lá tanto faz.
Lágrimas em outra língua.

Assista. Até seres a vítima.

FAÍSCA (Charles Bukowski)

dávamos a eles mais do que nos pediam
e ainda assim não lhes dávamos nada
DEUS, ME SINTO UMA MERDA (FrancEye)
Ao menos está claro agora
ele me odiava
por ser alguém que nunca fui
talvez eu o amasse pela mesma razão
eu achava que ele queria ouvir histórias incríveis
quando tudo o que ele queria era alguém para limpar a cozinha,
justamente como dizia o tempo todo


AS PESSOAS DA SORVETERIA (Charles Bukowski)

a patroa me tirou a bebida por um tempo
e agora a pica levanta mais
e há muito o que fazer com a pica...

porém, as noites são diferentes:
em vez de ouvir música em meio à fumaceira e a cerveja,
as noites alternam dificuldades
nós vamos até a sorveteria e são 31 sabores
crocante, chiclé, damasco, morango, chocolate com menta...

e ainda naquela noite
faço bom uso da pica
uso para amar
e depois nós falamos de coisas à-toa

nossas cabeças voltadas para a janela aberta sob o luar
dormimos nos braços um do outro
o pessoal da sorveteria me faz bem

por dentro e por fora
mê dê duas bolas de creme

SEM NOME (Charles Bukowski)
ela vai ver este
corpo
rijo e
branco
vai sacudi-lo e
talvez

sacudi-lo de novo:
"Ei?"

e não vai ouvir resposta.
não é minha morte que me
preocupa, é minha mulher
deixada sozinha com este monte
de coisa nenhuma.
no entanto
eu quero que ela
saiba

que dormir
todas as noites
a seu lado

e mesmo as
discussões mais banais
eram coisas
realmente esplêndidas
e as palavras
difíceis
que sempre tive medo de

dizer
podem agora
ser ditas:
eu te

amo.

AQUELA (
Nelson Rodrigues)
"Toda a família
tem um momento
que começa a apodrecer.
Percebeu?
Pode ser a família mais decente,
mais digna do mundo.

Lá um dia aparece um
tio que é pederasta,
uma irmã que é lésbica,

um pai que é ladrão,
um cunhado que é louco.
Tudo ao mesmo tempo,
tá ouvindo Edgar?
Acaba.
Com a minha autoridade
de bêbado te digo:
a família da minha

mulher, da tua noiva
começou a apodrecer.
Nós, eu, você também Edgar."
ALCÓOLICAS (Hilda Hilst)
É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.

E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d'água, bebida. A Vida é líquida.
(Alcoólicas - I)

* * *
Também são cruas e duras as palavras e as caras
Antes de nos sentarmos à mesa, tu e eu, Vida
Diante do coruscante ouro da bebida. Aos poucos
Vão se fazendo remansos, lentilhas d'água, diamantes
Sobre os insultos do passado e do agora. Aos poucos
Somos duas senhoras, encharcadas de riso, rosadas
De um amora, um que entrevi no teu hálito, amigo

Quando me permitiste o paraíso. O sinistro das horas
Vai se fazendo tempo de conquista. Langor e sofrimento
Vão se fazendo olvido. Depois deitadas, a morte
É um rei que nos visita e nos cobre de mirra.
Sussurras: ah, a vida é líquida.
(Alcoólicas - II)


* * *
E bebendo, Vida, recusamos o sólido
O nodoso, a friez-armadilha
De algum rosto sóbrio, certa voz
Que se amplia, certo olhar que condena
O nosso olhar gasoso: então, bebendo?
E respondemos lassas lérias letícias
O lusco das lagartixas, o lustrino
Das quilhas, barcas, gaivotas, drenos
E afasta-se de nós o sólido de fechado cenho.
Rejubilam-se nossas coronárias. Rejubilo-me

Na noite navegada, e rio, rio, e remendo
Meu casaco rosso tecido de açucena.
Se dedutiva e líquida, a Vida é plena.
(Alcoólicas - IV)

* * *
Te amo, Vida, líquida esteira onde me deito
Romã baba alcaçuz, teu trançado rosado
Salpicado de negro, de doçuras e iras.

Te amo, Líquida, descendo escorrida
Pela víscera, e assim esquecendo
Fomes
País
O riso solto
A dentadura etérea
Bola
Miséria.
Bebendo, Vida, invento casa, comida

E um Mais que se agiganta, um Mais
Conquistando um fulcro potente na garganta
Um látego, uma chama, um canto. Amo-me.
Embriagada. Interdita. Ama-me. Sou menos

Quando não sou líquida.
(Alcoólicas - V)

13 agosto 2005

Mais depois

Loucura total, depois atualizo. O Sarau foi muito legal, quero escrever com calma e postar fotinhos. A estréia ontem de Zede Etes tbém, deu tudo certo, quer dizer, ninguém morreu, o local não incendiou e ninguém caiu da montanha. Hoje tem mais, às 20:30, quem quiser apareça. E amanhã também. Hoje ainda iremos para a casa do Mags, encontros de mentes intectualmente bêbadas é sempre agradável. Cansada, mas está tudo bem. Sedex hoje, tantos presentes...Ah, esse clipe Personal Jesus é massa. Hmm, carreira solo. Dá licença, indo para o banho.

10 agosto 2005

Sarau do Museu

Sarau Literário no Cine-Teatro Municipal (Gravataí)
19H - Entrada Franca
Tema: Mundo Virtual
Participações: DJ Diego + Integrantes Deus e o Diabo

A Fundarc está organizando este sarau literário com a temática mundo virtual. Tá valendo de tudo, ler e-mails, blogs, coisas do orkut, retiradas de sites ou qualquer coisa mesmo. Se alguém quiser que eu leia algo em especial, ou de sua autoria, podem me enviar (mas urgente, já que é hoje!). Pode colocar aqui ou enviar por email. Além do papo, das conversas/debates, vai ter som mecânico e um acústico de parte da banda.

03 agosto 2005

Sobras quentes

Ficaria mais contente se as vacas morressem e se tivesse uma Moi-même-Moitié em Porto Alegre. Se máfia fosse literatura, chapéus e homens bem vestidos, e não uma fudida fila do inss e corpos cinzas no sus. E o filho do ventilador foi barrado na escola: - só passa se pagar mensalão! Mesmo assim, sou hoje mais feliz que todas as vacas, malhadas, de tetas caídas, gordas ou velhas. Mon amour, mon petit, que bela baguete... Comprei mais suco de laranja, para beberes todinha a caixa pela manhã. Ah, que vento agradável e fresco! Um mentolado, por favor. Fogo? Obrigada, cavalheiros!
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Porque essa inércia das pessoas vis enjoa, que rodam em círculos sem achar seus caminhos, que mentem e depois choram deitadas nas suas camas, em volta de mentiras bonitas que constroem para si. Não, não pensarei na possibilidade do contrário ter ocorrido, porque sou pessoa aberta, que aguarda, que reconhece, que observa, sem esparar o pior. Poderia ter sido diferente, com desejos e afins agradáveis para rir, mas não veio, veio a maledicência, a escravidão de um fogo apagado. Não é para cansar, encher o saco?
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Então enfeito minha noite, com "Irish Blood English Heart", porta do escritório aberta para a sacada, um beijo me chamando, unhas recém pintadas, bolsa DG de verniz preta a caminho, amigas no msm, chaves mexendo na porta, assovios, um arrepio de delícia na nuca, mais um chamado, sorriso crescendo na boca. Ah, como é bom sentir o próprio perfume. E me disse o Cláudio, e me disse a Clarice. Hoje eu quero viver o mundo como se tivesse seis anos de idade e sete vidas pra gastar. Hoje já não me basta uivar, chutar paus e barracas, protestar e duvidar. Hoje preciso amar. Porque quando o verbo se fizer carne, sei que nada me salvará.
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02 agosto 2005

Shows, shows e...

...minha voz está rouca. Sexymente rouca. Agudinhos somem, completamente. Ah, e os shows... Nem postei mais nada aqui, correria louca.

*Em São Leopoldo, junto com Irmãos Rocha!, foi algo. Eu e o Rafael, em slowmotion por fora, aceleration por dentro. Show mais que blasé, posers reais - será que imaginavam? Cantei sentada num banquinho, com o casaco de veludo longo, dando o máximo de mim antes de desfalecer. Mas firme, até o fim: profissionalismo. No mais foi muito divertido. O clima, a festa, estar entre amigos, as danças (deles), os shows de ambas as bandas. Guilherme tocou com o baixo do Bel, engraçado. Pessoas queridas. Eles vão tocar no Gordo Freak Show, agora não lembro que dia. Massa. Discotecagem? "É impressionante como o som que botam por aqui é melhor que os dos discotecários de Porto Alegre. Bem, é o Charles, né?" - Klamt falando pra mim.

*Em Cachoeirinha, este sábado. O lugar (Arca Pub) é muito legal, bom palco, estrutura de som ótima, equipamento disponível, passagem de som no horário, com tudo pronto, perfeitinho, pessoas amistosas. E público. A festa começou com a Go Go 5, uns guris bem novos, punk rock e alguns covers, tudo bem alto e bem rápido. Logo em seguida entramos, era para dar uma meia hora, mas quando vi Desirée e Klamt já estavam no palco. Começamos com DUPLO, pesada e lenta, densa, repetitiva, como ela diz, como deve ser.
"Trabalho (trabalho)
Cedo partimos olhos em dois
Cansada (cansado)
Não dá (não dá)
Prá tirar férias de mim
Férias (férias)
Amanhã
Acabou
30 dias
Acordar e ir com o dia
Não volta
Vem os 30
Segunda
Terça
Quarta
Quinta e
Sexta
Feriado (feriado)
Não dá (não dá)
Prá tirar férias de mim
Férias (férias)
Amanhã
Acabou
30 dias
Acordar e ir com o dia
Não volta
Vem os 30"
Não sabíamos o que esperar de um público de rostos novos, fora da "cena" portoalegrense. Todo mundo olhando muito, muito atento, algumas bocas repetiam, conheciam, alguns rostos eram sendo aos poucos reconhecidos, de um ou outro encontro na região metropolitana. Palmas, aplausos, assovios. Uns 4 bis, "mais uma". Alívio. Acho que foi um show longo, mas realmente bom. Fiquei muito feliz, porque assim como eu queria demonstrar meu respeito por estar tocando em outro lugar, esperava a reciprocidade, que veio. Parece bobagem dizer isso? Pois olha que tem bandinha por aí, que são nada além de nada, que não tocam fora do circuito Porto Alegre. Deve ser medo de ser reconhecido como ruim mesmo, sem os amigos juntos pra babar ovo. O resto da festa continuou legal, ficamos todos juntos por lá, nas mesas, circulando, conversando e bebericando, e cantando com a última banda, a da casa, só com covers "confirmados"...

Sonhos não sonhados

A única coisa realmente estranha e triste que ocorreu nestes últimos dias foi o cancelamento do Zede Etes, por motivos técnicos do teatro. Coincidentemente a coisa toda quase pegou fogo - uma ironia se você procurar saber o que é Zede Etes... Agardamos as próximas datas, deve ser logo. De olho no diário do coelho...

Minh'alma é a Princesa Desalento,
Como um Poeta lhe chamou, um dia.
É magoada, e pálida, e sombria,
Como soluços trágicos do vento!
É fágil como o sonho dum momento;
Soturna como preces de agonia,
Vive do riso duma boca fria:
Minh'alma é a Princesa Desalento...
Altas horas da noite ela vagueia...
E ao luar suavíssimo, que anseia,
Põe-se a falar de tanta coisa morta!
O luar ouve minh'alma, ajoelhado,
E vai traçar, fantástico e gelado,
A sombra duma cruz à tua porta...
(Florbela Espanca - aquela, que tu perguntou quem era...)

Trafi ou "Porque não acontece comigo?"

Souberam da do Amon? Sacanagem...
O que esperar de um programinha chulo de fofocas com o tal do Leão Lobo?
Indenização na certa.