Meus delírios, divagações, realidades e esquizofrenias, a quem interessar possa. Se viestes até aqui por bem, ego venia divinus indulge. Se por mal viestes, qui unum manus imprecatio divinus indulge. Danger: "Reperio scrobis et doli". Os comentários relativos aos posts deste diário são de responsabilidade dos visitantes, bem como condutas impróprias de clonagem de identidade em outros sites. Dúvidas, reclamações, declarações de amor? Email-me.

28 julho 2006

Porque se sujar faz bem!

Não, não é propaganda do OMO.
Hoje passei de um dia altamente estressante e nervoso para uma sensação maravilhosa e de alívio. Foi muita correria no trabalho e ao mesmo tempo tentando resolver o caso da cadela abandonada. Ela seria sacrificada ou jogada longe se não desse um jeito HOJE.
Já tinha até resolvido pagar hospedagem e transporte para um abrigo em Viamão quando finalmente consegui alguém para adotá-la.
Tive eu mesma que chamá-la e pegar ela, amarrar uma corda na coleira e tudo, porque ela botava medo das pessoas, devido ao tamanho. Me sujei toda de tanto abraço e fucinhada no peito. Agora ela vai ir para um sítio, onde vai ter abrigo da chuva e do frio, comida e bastante espaço prá brincar.
Menos uma em zilhões.
O mundo não seria mesmo perfeito sem a humanidade?
***
Apesar desta última frase, para as poucas almas preocupadas e que me auxiliaram com uma ou outra dica, com divulgações e ao meu querido e perfeito irmão, agradeço muito. Rejane, Paula, outra Paula, Manu, Deise, Taís, Débora, Gabriela, Josette e ao Braga e esposa.
Animais são anjos disfarçados nos testando...
***
Dormi muuuuito pouco esta semana.
Vou tomar uma banhão de banheira agora, me acordem antes de eu me afogar, por favor.


24 julho 2006

Um lar para a Tigrada!

Apareceu aqui no pátio da empresa uma cadela tigrada, muito linda e querida, muito brincalhona, parece mistura de fila (porte médio a grande). Ela ficou tão feliz de nos aproximarmos que foi difícil fotografar.
Precisamos arranjar um lar para ela porque estão ameaçando chamar a carrocinha ou algo assim, fora que ela corre riscos pois está bém em frente ao estacionamento da empresa, que fica em frente a RS 118, em Gravataí. Ela está magra, mas ficará muito bonita se bem tratada. Obedece a comandos de sentar e deitar, dá a pata, e está com uma colerinha marrom, mas já está aqui há uns 5 dias.
Nos comprometemos a pagar a esterilização dela.

23 julho 2006

Rápidas mesmo

Notícias do Mags e da Marcela que estão na Croácia. Com fotos!
Ensaio bom!
Fui e voltei de Curitiba e só trabalhei, bah!
E quase não pousamos, me senti no programa aquele, o "Sobrevivi"...
Saudade dos meus 3 gatos aqui de casa!
Como é bom voltar e esmagar a todos!

20 julho 2006

Para Rafael

Hemingway viveu em Havana na companhia de 50 gatos e transformou um deles - Bose - num personagem forte e inesquecível de As Ilhas da Corrente - o companheiro solidário e silencioso de um artista a viver momentos de solidão e angústia.

14 julho 2006

Felinos, Gatos e Agenda

Amigos para sempre...

Este é o calendário do Movimento Gatos da Redenção para este final de semana:

Feira de adoção de cães e gatos
Das 11 às 18 hs
Águia Veterinária e Pet Shop
Protásio Alves, 330 - esq. com São Manoel

Fone: 3330 1385

Palestra beneficiente " A dor da perda de um animal querido"
Palestrante: Psicóloga Silvana Morandi
Horário: 14:30
Cliniviva- Rua 17 de Julho, 600 - ligar para confirmar presença 3019 9630
Bairro: Menino Deus
entrada: um kilo de ração para gatos

Brechó dos Gatos
Mercado Bom Fim (brique da redenção)

Pet Shop Bichos & Companhia
Das 10:30 às 17hs
_roupas, acessórios, calçados usados em bom estado para arrecadar verba para os gatos da redenção, valores de R$1,00 real à R$60,00 reais_

*a gata da foto do flyer abaixo, é a Buffy (3 anos), foi resgatada da Redenção, doada qdo filhote junto da irmã, e muito bem doada pela casal Daniela e Marcos.

Os Gatos de Ulthar (HP Lovecraft)

Dizem que em Ulthar, lá atrás do rio Sakai, ninguém jamais mata um gato; e ao olhar para aquele que ronrona perto do fogo aceso na lareira, sei que é verdade. Pois o gato é enigma chegado às coisas que o homem não consegue ver. Ele é a alma do Egito antigo, conhecedor de histórias das cidades esquecidas de Meroe e Ophir. É sangue do sangue dos senhores das selvas, herdeiro dos segredos da África venerável e sinistra. Primo da Esfinge, fala a sua lingua e, ainda mais antigo, se lembra de coisas que a Esfinge já esqueceu.

Em Ulthar, antes que o prefeito proibisse o assassinato de gatos, havia uma chácara onde um velho e sua esposa se divertiam roubando e matando os gatos de seus vizinhos. Por que faziam isso não se sabe; há quem odeie a voz dos gatos na noite e as tome como mau agouro; e ache mesmo que os gatos deveriam correr imperceptíveis pelos jardins e quintais 'a luz mortiça da madrugada.

Seja por que for, esse velho e sua mulher gostavam de prender e matar qualquer gato que chegasse perto de sua casa: e pelos gritos que se ouviam depois que escurecia a gente da vila imaginava que a maneira de assassinar os gatos era perversamente insólita. Mas os camponeses não falavam disso com o casal de velhos, seja por que a expressão habitual de seus rostos era má ou por que sua chácara era pequena, escura e arruinada demais, escondida entre carvalhos gigantes.

Na verdade os donos dos gatos odiavam o casal estranho mas os temiam ainda mais. E em vez de castigá-los como assassinos brutais que eram, tratavam de vigiar para que nenhum bichano querido ou valente caçador de camundongos chegasse perto do bosque sombrio.

Quando sumia um gato por algum descuido e se ouviam os sons depois que chegava a escuridão, seu dono se lamentava impotente ou se consolava agradecendo 'a Sorte por não ter perdido uma de suas crianças. Pois as pessoas de Ulthar eram simplórias e não conheciam a origem dos primeiros gatos.

Um dia, vindos do Sul, viajantes estranhos chegaram em caravana, a percorrer as ruas estreitas de Ulthar. Era gente morena e escura, diferente dos outros que costumavam atravessar a cidade duas vezes por ano. Acamparam na Praça do Mercado e compravam contas coloridas dos mercadores e liam a sorte dos passantes por dinheiro. Faziam rituais estranhos e ninguém sabia dizer de onde vinham e suas carroças eram pintadas com figuras de corpos humanos com cabeças de gatos, gaviões, carneiros e leões. O chefe da caravana usava um capacete com dois chifres e círculos de metal com inscrições.

E nessa caravana singular vinha um garoto pequeno que, sem ter pai nem mãe, tinha só um gatinho preto como companheiro. A peste havia castigado sua vida, mas deixara com ele aquela coisinha peluda para diminuir sua tristeza; e quando alguém é muito jovem pode achar que as vivas brincadeiras de um gatinho preto são tudo o que se precisa. E esse menino de pele escura, chamado de Menes por seu povo, ria muito mais do que chorava, a se distrair com as brincadeiras cheias de graça de seu bichano, sentado nos degraus de sua carroça pintada tão esquisito.

Na terceira manhã da chegada da caravana a Ulthar o gatinho de Menes sumiu. E enquanto o garoto chorava alto na Praça do Mercado alguém da cidade contou a ele do casal de velhos e dos sons que se ouviam 'a noite. E quando Menes ouviu essas histórias parou de chorar, ficou pensativo, depois rezou.

Estendeu os braços para o alto, em direção ao Sol, e rezou em uma lingua que o povo de Ulthar desconhecia; e para dizer a verdade os camponeses nem tentaram entender o que Menes falava, por que aconteciam coisas no céu e as nuvens tomavam formas incomuns.

Era estranho. Menes rezava e sobre suas cabeças formavam-se nebulosas figuras exóticas de criaturas híbridas, vestindo capacetes com chifres e discos de metal. A Natureza cria tais ilusões que impressionam as pessoas imaginativas. Naquela noite a caravana deixou Ulthar e nunca mais voltou.

E então os camponeses perceberam que em toda a cidade não havia um só gato. Todos os bichanos de todas as casas desapareceram: gatos grandes e pequenos, pretos, cinzentos, rajados, brancos, amarelos... O burgomestre Kranos jurou que o povo moreno levara embora os gatos como vingança pela morte do gatinho preto de Menes e praguejava contra a caravana e o menino. Mas Nith, o tabelião esquelético, dizia que o velho casal do bosque era suspeito, já que seu ódio aos gatos era conhecido e cada vez mais ameaçador.

Ainda assim ninguém teve coragem de se queixar ao casal sinistro. Até mesmo quando Atal, o filho do estalajadeiro, jurou ter visto todos os gatos de Ulthar no bosque maldito ao por do sol, caminhando aos pares, solenes e vagarosos, num ritual jamais conhecido, formando um círculo em volta da cabana. O povo da cidade não sabia se acreditava no garoto; e mesmo achando que os velhos da chácara encantaram os gatos da cidade para depois matá-los, se acovardaram e preferiram deixar para falar com os dois quando viessem 'a cidade.

E assim Ulthar foi dormir em ódio e covardia. E quando o povo acordou de manhã, surpresa! cada gato voltara 'a sua casa: grandes e pequenos, pretos, cinzentos, rajados, amarelos e brancos, não faltava nenhum. Ronronavam alto, felizes, gordos, luzidios. O povo maravilhado só falava nisso. Kranon insistia: o povo moreno levara os gatos, já que nenhum bichano jamais voltara vivo da casa no bosque. E todos concordavam: era curiosa a recusa dos gatos em comer, por dois dias inteiros deixaram seus pratinhos de carne e pires de leite intactos, dormindo preguiçosos ao sol ou perto das lareiras acesas.

Passou uma semana antes que o povo da vila notasse que as luzes da chácara dos velhos não acendiam mais 'a noite. E então Nith se deu conta de que os velhos não apareciam na cidade desde o dia em que os gatos sumiram. Na outra semana o burgomestre superou o medo e decidiu averiguar o acontecido. Para testemunhas chamou Shang, o ferreiro e Thul, o açougueiro. E eles arrombaram a porta da chácara e foi só isso que acharam: dois esqueletos humanos no meio do chão de terra, limpos de todo vestígio de carne ou pele, e uma quantidade de besouros estranhos a se arrastar pelos cantos da sala.

Muito se falou em Ulthar. Zath, o médico legista, Nith, o tabelião e Kranon e Shang e Thul eram assediados com perguntas. Até mesmo o pequeno Atal, filho do estalajadeiro, foi interrogado minuciosamente e recompensado com doces. Falava-se do velho posseiro e sua mulher na chácara, da caravana do povo moreno, do pequeno Menes e seu gatinho preto, da reza de Menes e da transformação do céu durante a reza, do que os gatos fizeram depois que a caravana partiu e do que foi achado na casa sombria no bosque.

E por fim o burgomestre decretou por lei o que foi depois contado por mercadores em Hatheg e discutido por viajantes em Nir: que na cidade de Ulthar ninguém jamais pode matar um gato.

06 julho 2006

Foi lindo...

...o show domingo. Especial seria melhor dizer.
E segue o link para o site do Movimento, com o logo novo e domínio próprio, me diz que é lindinho.
Ainda é uma página de espera com link para o fotolog, mas já dá uma cara do que vem por aí:
http://www.gatosreden.com