Meus delírios, divagações, realidades e esquizofrenias, a quem interessar possa. Se viestes até aqui por bem, ego venia divinus indulge. Se por mal viestes, qui unum manus imprecatio divinus indulge. Danger: "Reperio scrobis et doli". Os comentários relativos aos posts deste diário são de responsabilidade dos visitantes, bem como condutas impróprias de clonagem de identidade em outros sites. Dúvidas, reclamações, declarações de amor? Email-me.

30 junho 2005

Pequena história de gente pequena

Carina era infeliz. De tão pouca felicidade na vida tornou-se alguém desagradável de se conviver. Era o tipo de mulher que quando chegava todos já falavam uns com os outros: "hiiiiii...saco...". Alguns tentavam justificar a coitada, por sua pouca instrução e base familiar podre e falida. A mãe, exemplo que seguiu, era puta de terceira, vivendo num trailer que fedia à ovo. A velha vivia com um ex-condenado com poucos dentes originais, do tipo mais comum, adepto ao trago quente e barato.
Carina queria sair dali, e saiu. Mas era de tão fraca índole - e a bem da verdade que sem aptidão e intelecto para nada - que o caminho que seguiu foi o mesmo. Quem sabe pior. Virou de quinta, mas apesar disto sempre tentou sustentar outra imagem, a de simples estudante universitária de mal gosto no vestir. Não enganava, e pior, foi flagrada por um conhecido num putero de quinta, após um boquete infeccioso, escovando frenéticamente os dentes - para ver a evolução da família.
De tempos em tempos a moça tenta mudar, mas só vai piorando. Não para em sub-emprego nenhum, e como já não é mais a mesma (anda bem mais gorda, relaxada, olheiras que "só com travesseiro na cara", disse-me alguém), fica difícil arranjar algum.
Não há como enganar-se. Nada nela lembra o frescor literário das grandes e cheirosas prostitutas, aquela nostalgia boêmia de amores malditos. É pura podridão e decadência. Ultimamente adquiriu piores manias: é chupin de gente próxima, de pessoas carentes de amizade. É daquele tipo que se gruda, que pede prá tirar foto contigo, que pede para ser amiga do jogador famoso no orkut, que cultiva pseudo-amigos com convites infantilóides do tipo "lindo seu blog, passa lá no meu", te pede roupa emprestada, grana emprestada, namorado emprestado, emprego emprestado, tua vida se puder, já que a dela é miserável. Sugando, torna-se a pior espécie de vampiro, aquela já putrefada, sem aura sensual e enigmática. Ao contrário, fica cada vez mais previsível, e pior de tudo, acha-se genial.
Uma hora, mais cedo ou mais tarde, fode também com a vida dos que se aproximaram por amizade ou pena, que lhe conseguiram algum sustento, e mais alguém se afasta.
Não cultivando nenhum projeto concreto de vida, sendo pobre, sendo burra, envelhecendo mais a cada dia, com os dentes cada vez mais cariados e seguindo uma tendenciosa carreira criminal de estelionato e cheques roubados, vislumbra-se claramente seu fim: o Madre Pelletier.

Psiquê caseira

Vivemos numa época de show-off, onde pessoas destróem suas personalidades para assumirem personagens.
Não são elas o tempo inteiro, ou pior, não são elas mesmas nunca. De acordo com um famoso psicanalista, e migrando para o ambiente doméstico, a maioria das pessoas decora as áreas sociais da sua casa de forma mais atraente e deixa banheiros e quartos em segundo plano. É necessário se vender para os vizinhos, para os amigos e visitas.
De acordo com isto, minha personalidade mantem-se intacta. Apesar das extravagância pessoais que se faz ou se deseja fazer nos ambientes sociais lá de casa, o quarto e o banheiro ganharam toque especial. Banheira vitoriana, cama em ferro com dossel (desenhada por mim!), mosquiteiro, papel de parede. E é quase proibido entrar lá, MUITO MENOS COM SAPATOS. Ok, a personalidade está intacta, mas a mania está pegando.

moniquemonique@tiscali.it

29 junho 2005

Bodas de lã

O curso está ótimo, mas estou me matando, e quase carimbando a carteirinha de nerd. Nove horas por dia de computador no trabalho, mais computador à noite neste terceiro módulo e ainda chego em casa e estou novamente na rede. Céus. Dei-me conta de que existem poucos mulheres nerds. Nesta semana sou a única por aqui. Na hora do coffe break chega a ser esquisito, e obviamente não há como disputar os cachorro-quentes com tanto marmanjo.

Tenho algumas preocupações pequenas que são um saco. Meu drive de CD é a maior destas pequenas. Desde a invasão do Trojan não roda nada, nem cd, nem dados, nem dvd, nada. Pressinto que a praga anda invadindo outros diretórios e acho que a idéia do compartimento separado para os dados pode ter sido uma boa, já que a tendência é formatar e reinstalar o XP novamente. Tenho pilhas de cds para ouvir, e preciso me contentar com os mp3 baixados para não falecer. Outra destes pequeninas é a porcaria da hidra do banheiro mais cool da cidade. Não para de funcionar e isto é ecologicamente um horror. Então fechamos e abrimos a cada vez que usamos, mas o que fazer no caso de visitas? Faz-se um relatório de passo-a-passo com a explicação de uso?

Subindo um pouquinho o grau das coisas, preciso fazer meu exame novamente, e conforme o resultado vou à faca. Segundo a doutoura - e os doutores sabem tudo - não é nada demais, mas uns dias de internação e repouso acabam um pouco com as possibilidades de "turnês". Outra? Dia 30 estréia o espetáculo da ÍO, e ainda faltam ensaios e gravações. Filmamos domingo mais coisas, cenas da esposa entediada, da esposa pensativa e da esposa pressentindo a presença do coelho. Mas dia 30 também tem show da DEOD. Clonarei-me? Não deve ser exatamente na mesma hora, mas é em cidades diferentes e à noite, e pressinto correria total.

E agora minha pequena H. Minha pequena H é minha irmã menor, que não come direito, emagreceu quase 10 quilos, nem refrigerante quer. Anda quieta pelos cantos, pensativa, rabiscando. Com seus seis anos de espevitação e alegria, de cachos louros e vozinha estridente, nem parece a mesma. Olhou os braços roxos da mãe, resultado de simples exames, e saiu com esta: "mãe, não deixa que te machuquem assim. Quer que eu te cuide? Vou no hospital contigo da próxima vez." E ontem levantou na madrugada e acordou a prima de dez, pedindo por favor que seja sua amiga para sempre, independente do que acontecer...

Mais do mesmo

Duas pessoas diferentes, uma com email do hotmail e outra do ig, mas com o mesmo IP de máquina, que tal? E o mesmo IP registrado aqui no haloscan. Não é surpreendente?
200.176.44.57

27 junho 2005

Somos bonzinhos

"É bom frisar que a Constituição Federal garante a livre manifestação do pensamento, mas veda expressamente o anonimato (art.5º, IV) que, em princípio, poderá ser interpretado como má-fé do autor... No caso de um processo, o juiz determinará ao servidor que forneça o nome e dados verdadeiros do autor".

"Um comentário ofensivo pode gerar dois tipos diferentes de responsabilidade jurídica: a responsabilidade criminal e a responsabilidade civil.
A condenação criminal, em regra, resulta na prisão do culpado, mas em crimes leves – como nos casos de crimes contra a honra – a prisão pode ser substituída por prestação de serviços à comunidade e/ou multa.
A condenação civil é sempre patrimonial e consiste no pagamento de uma indenização à vítima pelos danos sofridos".


"Não se deve usar o nome de uma pessoa para expô-la ao desprezo público, como nas “páginas de ódio”. Isso é vedado pelo art. 17 do Código Civil. Evitar expor o email de um desafeto também é aconselhável para não se perder o controle do debate ao estendê-lo a terceiros, nem aumentar a possibilidade de ofensas ou prejudicar o funcionamento normal do email da pessoa."

Temos uma lista de ips, dos emails, dos servidores que usa, dos computadores que usa, todos conseguidos através de mandados judiciais. Sim, meu pai é vivo (foste o que perguntaste, não é?). É vivo e é advogado.

Não é pessoal, mas realmente incrível que pessoas de má índole e realmente ruins possam querer te atacar, usar sua identidade e outros fins apenas por maldade. E mesmo assim não fizemos nada, a não ser se espantar com a identidade do ser em questão, porque eu pessoalmente nem conheço esta pessoa. O processo está em aberto, não queríamos trazer pessoas ruins e que precisam de ajuda sanitária para nossas vidas. Mas tem gente que insiste, pelamordedeus.

*********
Tá, e o nosso querido Osterkamp voltou ao ninho.

24 junho 2005

O Homem por trás da cortina

A semana - que ainda não terminou - anda corrida. 14 horas por dia em frente ao computador, mais algumas sentada entre o caminho do trabalho e do curso. Que ânimo! Mas estou aprendendo coisas boas para futuras implantações, projetos. Nem comentei aqui, mas também ando as voltas com as filmagens da Ío, e tem este domingo de novo. Correria.

Entre tantas coisas, uma notícia boa, assim de surpresa. Uma notícia não, uma materialização efetiva. E quem diria que eu não me apavoraria em abrir uma porta e visualizar um homem parado em pé ao lado da cortina, no fundo do quarto.

Dicas:
# Votando no Gabriel. Isso mesmo, acessa http://www.unimep.br/salaodehumor e entra no link piscante VOTO POPULAR e vote no trabalho 001, que é a história em quadrinhso das fadas. Ele participa do prêmio júri popular do 13º SALÃO DE HUMOR DA UNIMEP, em Piracicaba, e precisa estar entre os premiados, porque as tirinhas do rapaz são geniais...

# Projeto de designers em CSS: http://csszengarden.com

# Um site muuuito bom, distribuidora de filmes espetaculares. Dentre estes estava atrás há um tempão do Freaks. E dêem uma olhada nos posters para download...

Estatísticas de 01 à 24/06


17 junho 2005

Hoje e amanhã

Sexta 17/06:

http://www.tramavirtual.com.br/stereoplasticos
http://www.tramavirtual.com.br/monodia
http://www.amplitude.art.br/temp/02r1.asp?tp=10
http://www.tramavirtual.com.br/os_massa
*Discotecagem:
Charles Pilger

Sábado 18/07:
Deuzulivre. Cave. 22hs.
Shows: Seven2nine + She's OK + Hipnóticos + Mobiletes

Orgasmo Versão 2.o...
A primeira edição lotou o NEO Club, com uma galera bem disposta a ouvir música eletrônica alternativa, e também ousar com indumentárias que transitavam entre o sexy, o glam e o fetichista. O resultado: Uma noite inesquecível, onde a galera sentiu o sincronismo das duas pistas do club, envolvendo seus corpos com timbres muito dançantes, ousados e pra lá de modernos. Se liga então, que neste sábado, todo mundo já tá sabendo onde que vai bombar, comprovem diretamente nas Pistas Keo + Scape -;-)
Vista a sua originalidade e caia na festa, abuse do estilo e curta em excesso de todas as formas e maneiras all night. Coleiras, algemas, roupas de couro, correntes, chicotes, entre outros, são muito bem vindos.... Na pista Keo, rola a Glam Overdose, que arrasou na noite de estréia com muita vibração e excelentes seleções musicais. No som: Sodoma-Gomorra (Electro-Disco-Clash), Mário Aguirra (Electro-Dark House), >>>E-Flux<<< ( Electro-Techno-Punk), Schütz ( Electro-Rock-Indie).
Na pista Scape rola a Cyber Fetish, com o melhor do som eletrônico Cyber-Punk, Alternativo e Modern Gothic. No som da Scape : Drug, C @ C @A . Seleção musical contemplará gêneros modernos e raros tais como: Future Pop, E.B.M, Electro-Dark, Synth-Pop, Techno-Dark, Industrial Dance, Power Noise, Electro-Clash, Electro-Rock, I.D.M, Electro-Gothic, Drum N'Noise, New Beat, Techno-Hardcore, Dark Wave, Metal Remix.

Aniversário Zed no Alive (Gastão Rhodes, 25 – esquina com Av. Ipiranga)
"...aberto a partir das 21h30min e o esquema vai ser o seguinte: discotecagem de rock anos 90, novidades e velharias do rock alternativo e lançamentos do indie guitar mundial por conta de Max A. e Cardoso Czarnobai. A partir da meia-noite o Alive começa a agitar e a promessa é de que você vai dançar até de manhã ao som de rock de todos os tempos e muitos hits dos anos 80 e 90, além de grooveiras e disco music, em um super ‘remember’ por conta de Cláudio Cunha (Ipanema FM) e Ricardinho F. Além do som de primeira você pode chegar bem cedinho e aproveitar a dose dupla da Polar 600ml até às 23h. Também vai rolar sorteio do novo cd do White Stripes e promoções e sorteios de coquetéis durante toda noite. Os ingressos pro festerê até a 00h ficam por R$8, após a 00h R$10. Ambos valem também uma Polar 600ml geladíssima. A consumação é isenta a noite toda e o Alive tem fácil estacionamento em frente com segurança para os clientes motorizados.

16 junho 2005

Batuta dupla e atrasada

Recebi da Desirée e do Thiago, então coloquei as DEZ MAIS! ao invés das cinco...
:: Quantos gigabytes usados com música: 6 Gb (casa).
:: Último CD que comprei: Adore -Smashing Pumpkins

:: Música tocando no momento: In the backseat - The Arcade Fire
:: DEZ músicas que tenho escutado bastante:
* Chris Isaak ~ Blue Hotel

* Divinyls ~ I Touch Myself
* Placebo ~ My Sweet Prince
* Sisters Of Mercy ~ Dominion
* Morrissey ~ I'm not sorry
* Radiohead ~ There there
* Cardigans ~ Erase and Rewind
* Maus ~ Glerhjarta
* PJ Harvey ~ A Place Called Home
* Swans ~ Love Will Tear Us Apart (black version)
:: Cinco pessoas para quem estou passando a batuta:
* Rafael Martinelli* Azalba* Diego* Kátia Abreu * Cássio

13 junho 2005

Bruno Amadio, ou G. Bragolin, ou ...

...Giovanni Bragolin, J. Bragolin, GB, B. Amadio ou Giovanni Amadio.
Já viram um destes, certo?

09 junho 2005

Porão do Rock/DF

Banda independente selecionada do RS:
Reação em Cadeia.

06 junho 2005

Engraxei-me

Lê aqui:
http://www.gordurama.com.br/artigos.php?p=395

Estarei meio out esta semana,
curso todas as noites, direto do trabalho. Até mais.

Memento Mori

Nas minhas andanças por aí nas pesquisas virtuais coisas legais como estas:
http://thanatos.net/
http://www.boatswain.nl/
http://phreeque.tripod.com/



De presente

No meu aniversário recebi até poema via mail. Belas passagens:
"ser humano é falta
falta do que não se fez,
falta do que não se têm,
falta do que não se viu,
falta de quem partiu.

A tristeza é bela também,
alma que vive
é alma com cicatrizes".

Filme


Assisti sexta, junto com amigos queridos: Cláudia, Andréa e Édson.
Você acaba gostando bastante, se não ficar procurando teorizar em cima de nada, já que é um tratado de amor sadomasoquista em forma de comédia romântica. Bom com pizza e cerveja.

01 junho 2005

Quando o virtual se ausenta...

...é porque muita coisa acontece na vida real.
Post longo, cuidado.
Para melhor digestão, fotinhos intercaladas do show do dia 26 no Garagem Hermética.
Fotos do André Mags (lê aqui algo).



No sábado, dia 21, fomos com o Herculano, a Priscilla e o Mau no tal do Bar do Nito. É como se vc estivesse entrando na Lapa, anos 50. E o cara é a lata doVinícius, poetinha. Depois chegou um monte de amigos e o Martinelli chegou a fazer uma parceria com o Nito, que além de dono é quem nos brinda com um monte de belas canções no violão. Encarnando a dupla Vinícius e Toquinho, cantaram Escravo da alegria:
Eu que andava
Nessa escuridão
De repente
Foi me acontecer
Me roubou
O sono e a solidão
Me mostrou
O que eu temia ver
Sem pedir
Licença nem perdão
Veio louca
Pra me enlouquecer
Vou dormir
Querendo despertar
Pra depois
De novo Conviver
Com essa luz
Que veio me habitar
Com esse fogo
Que me faz arder
Me da medo
E vem me encorajar
Fatalmente
Me fará sofrer
Ando escravo da alegria
Hoje em dia
Minha gente isso
Não é normal
Se o amor e fantasia
Eu me encontro
Ultimamente em pleno
Carnaval



Depois disso fomos para o Garagem. Encontramos o Klamt lá. Sinceramente, estava muito ruim. Era a festa da Peligro, não tinha muita gente, mas nem por isso. É que o som estava muito ruim, muito hypado, se é que me entendem. Depois veio aquele Tony da Gatorra se apresentar. Agora, falo por mim, ok? Que merda é isso? É muito ruim mesmo, eu fiquei até com dó. Besteirol que querem transformar em modernice bizarra, do tipo é tão ruim que é legal. Não é. Sinto muito, mas não engoli. Valeu por encontrar o Doug, há tanto tempo que não nos víamos. E por conhecer melhor uma menina que tem alma limpinha, doce como algodão doce.



No domingo tivemos outro ensaio bom. Na madrugada de sábado, em casa, eu, Martinelli e Klamt já havíamos dado uma ensaiadinha. No estúdio tudo correu muito bem, e Duplo ficou muito boa no estúdio b. Depois fui eu e a Desirée nos shows do Museu do Trabalho: She's OK, Irmãos Rocha! e Justine. Estava bom, um frio "de congelar os ovários", buscamos a Lisi antes. Achei Justine bem chato, mpb tipo Trama - parecia que esqueceram o que era rock. A vocalista me frustou, isso acontece quando as pessoas exaltam de tal maneira que a expectativa fica lá em cima. A voz era comum, tipo artista de elevador da Trama mesmo, bem certinha, mas sempre igual, acho que poderia ser bem mais explorada, mas quem sou eu... Shes'OK fez um show muito bom, adoro vocalistas performáticas, estavam bem entusiasmados. Só achei um pouco longo para uma noite de domingo, três bandas. Dessa vez não vi Irmãos Rocha, acabamos indo embora no inicinho.



Terça foi meu aniversário real. Foi especial, tanta gente me ligou, me enviou emails, scraps, cartões virtuais e pombos correios que nossa... No trabalho fizeram fiasquinho, cheguei e meu computador estava completamente fantasiado de preto e roxo, papel crepon, balões, bolo, presente... Em casa mais festinha surpresa, balõezinhos e sorvetão com velas, só para dois. Ainda saímos e me esbaldei, restaurante caro e champagne = leve susto na conta. Azar.



Quarta fiquei vendo "O Fantasma da Ópera" em casa. Que belo! Será que se me vaiarem num complô mesquinho e combinado, por eu me recusar a ceder meus encantos aos jurados do próximo Festival e eles baixarem meu vocal para que saia uma voz de mosquito, eu me atiraria no Gaíba? E aí o Martinelli, meu maestro, sofrendo de amor e raiva, enlouquecido, quebra a cara de um pulha e mata outro, e acaba se envolvendo num acidente cruel durante a briga, lá no Garagem, e acaba salvo por um fã demente daqueles que só a gente tem, e fica morando eternamente no subsolo do GH, assombrando aqueles que merecem serem assombrados e jamais farão sucesso fora da Famecos? Nah, ninguém se mata por aqui. Depois do choro vem o esporro, e isso é só questão de tempo, como me disse o padrinho, meu Dom.



Quinta-feira 26, dia do show. Fiquei só em casa, meu vocalista preferido e responsável editor de jornal foi ao trabalho. Preparei tudo, mais o baú de salgadinhos, e fui com Seridée no aeroporto, buscar minhas encomendas: presentes de mamãe, de maninho e meu corset maravilhoso, um luxo só. Um relógio pulseira magnífico, posters soviéticos da década de 20, lindos de morrer, um dvd do filme Sid & Nancy (me dei conta que na época em que eu via e era apaixonada pelo Sid Vicious, me cortando com estiletes, eu era na verdade apaixonada era pelo Gary Oldmann, haha). Passagem de som entre amigos. Voltamos em casa antes de retornar.



Realmente o show foi muito além das expectativas, para uma quinta, de feriado, com tanta gente tendo que ou ir trabalhar sexta ou tendo ido viajar. Na verdade, nunca tinha visto tanta gente numa destas quintas, apesar de não ter ido em todas. Foi lindo, muita gente conhecida, amigos de tempos, outros que sempre aparecem e que mal conheço. Meus sinceros agradecimentos.



Seven2nine começou a noite fazendo fãs. Eu esqueci de ver se eles tinham cds gravados das composições, e quando soube já era. O vocal do Jax é "massa" - como diz o Arlen. Fizeram um bom show, creio que melhor que na estréia, conciso, guitarreiro, animado. Eu achei nosso show uma beleza *beijo estalado nos dedos juntinhos*. Ok, foi mais punk que de costume, ok, Duplo não ficou lá essas coisas como no ensaio, mas foi tudo muito bom e performático. Teve até mosh! Desirée estreiou guitarras na segunda parte do show, que se me lembro teve o seguinte setlist:
26
Silêncio
Infância
Simples
Cocaína
Última
HIV
Duplo
Liga prá mãe
Vida de Supermercado
Bananas
Aquela



Aliás nunca seguimos o set, tudo sempre depende do andamento do show, do que pedem, gritam, e do que de repente alguém puxa tocando, para surpresa dos demais. Terminamos loucamente com Aquela, e em meio a gritos orgásticos de repente veja aquelas mulheres ali, me apontando um "batonzinho". Eram as meninas da Biônica, de SP, que iriam tocar sexta em Caxias e sábado ali mesmo. Quando peguei na mão foi inusitado: era nada mais nada menos que uma espécie de vibrador. Uhhu! E Guido Crepax se fez presente. Aliás, entreguei um cd para ela depois, em troca dos favores, quer dizer, em troca do momento de prazer. O resto da festa foi legal, dançamos e conversamos muito. Duas horas de sono prá mim, e de volta ao cruel mundo das tintas.



Na sexta passei lá no Alexandre, aniversário. Rafael já estava lá. Não sei se por causa de excessos, má alimentação ou pouco sono - ou pelo coquetel todo, bastou tomar uma long neck para estreiar o sanitário com a boca. Prá casinha, cedo.



Sábado Garagem de novo. Muita gente. Não encontramos os futuros acidentados. Encontramos muitos amigos, dancei muito, não pegamos o show da Planondas, vi pouco do show da Biônica, mas eles se divertiam mesmo, e como já disse aqui, adoro vocalistas performáticas. Seria bom ver tanta gente em outros shows. Não gosto de pensar em Porto Alegre como uma província, onde os lugares enchem quando vêm alguém de fora. Todo lugar é igual, não há escapatória.



Atualizando: descobri agora que o meu + 1 na lista de quinta foi barrado (?). Segunda sacanagem, a primeira é esta dos cabos, mas deixa prá lá, assunto interno por hora...