Meus delírios, divagações, realidades e esquizofrenias, a quem interessar possa. Se viestes até aqui por bem, ego venia divinus indulge. Se por mal viestes, qui unum manus imprecatio divinus indulge. Danger: "Reperio scrobis et doli". Os comentários relativos aos posts deste diário são de responsabilidade dos visitantes, bem como condutas impróprias de clonagem de identidade em outros sites. Dúvidas, reclamações, declarações de amor? Email-me.

11 dezembro 2007

Síndrome de Popeye

Eu tenho esse dom, esse dom desgraçado de falar algo que não devia, inconseqüentemente ou na hora errada. Tenho o dom de ferir sem pensar, de irritar sem querer, e de fazer um comentário com a maior inocência e delicadeza do mundo, mas quando o momento não permite.
E quando me julgo mais, pode ter certeza que é porque ando menos.

Ainda vai faltar quase um mês para eu sair daqui, e já não tenho mais condições mentais de continuar. Ainda me tiram acesso a tudo, e fico pensando que pelo menos estou aqui enquanto surgiu mais um serzinho abandonado ali na frente, na qual posso dividir as carnes mortas do meu almoço.

Quando as coisas começam a demorar demais, e o relógio vai se arrastando e eu me dando conta que nada de útil aconteceu nas horas que acabaram com meu dia, parece que minha cabeça sufoca apertada, minha alma inquieta se irrita e meu peito dói. As horas boas? Essas parece que a memória insiste em ir apagando aos pouquinhos.

Por vezes me pergunto se tudo isso não é físico. Desperdício de dopamina por muito tempo e determinados eventos forçados, fazendo que agora a produção de boas sensações não consigam atingir ápice nenhum sem estimulação externa...