Meus delírios, divagações, realidades e esquizofrenias, a quem interessar possa. Se viestes até aqui por bem, ego venia divinus indulge. Se por mal viestes, qui unum manus imprecatio divinus indulge. Danger: "Reperio scrobis et doli". Os comentários relativos aos posts deste diário são de responsabilidade dos visitantes, bem como condutas impróprias de clonagem de identidade em outros sites. Dúvidas, reclamações, declarações de amor? Email-me.

17 novembro 2005

Micro turnê encerrada

Foi bom para você?
Para nós ótimo.
Cansativo? Sim, mas valeu a pena...

















A festa de sexta, no Alive, estava cheia.
Stresses na passagem de som. Responda rápido: se tu diz que talvez não chegue na hora da passagem de som, mas que fará o possível, acaba chegando e antes ainda dos outros, qual o motivo para querer boicotar sua passagem? Mesmo que tu diga que NÃO vai aparecer e aparece, é melhor para todos, para que tudo saia certo, não é?

Amadorismo e falta de bom senso à parte, tudo deu certo e o show foi intenso e muito bom. Um calor absurdo em cima do palco me faziam pensar como sofriam mulheres na época medieval, com seus vestidos longos de veludo, viajando pelos trópicos. Além do veludo eu tinha vinil, e o peso da saia não dava jeito de levantá-la... Rafael especialmente discursivo na noite: antes, durante e pós show.
Troquei um CD com os eslovenos da Ruins Matador, mas perdi o show deles, que foi um dos primeiros. Muita gente de vertentes góticas e metal. Muita gente querida, tirei fotos e mais fotos com uma galera. Alguns meninos insistiam em saber que bandas de metal eu ouvia, eu ri muito.


Extremos e rumamos pelas ruas de Porto Alegre, depois em casa quase pela manhã e logo em seguida de volta lá para o Largo Glênio Peres, reencontrar pessoas e encontrar outras, pegar a condução coletiva e rumar para o Macondo Circus, festival em Santa Maria.

Sábado de ressaca, curada sem sono e com continuação de causa. Demoramos bastante para chegar ao local, e o calor era algo. O Festival ficava num lugar distante uns 20 km de Santa Maria. Era muito bonito, rios, mata, pracinha, bebidas e bebidas. Como bons meninos da cidade e podres de cansados, não fizemos nenhuma trilha até as cachoeiras, fomos para um hotel à tarde - nos "refrescar", tomar um banho, deitar na horizontal, coisa que não fazíamos desde quinta. A noite já estava inteira novamente. O frio que se fez era absurdo, uma queda de temperatura abrupta e inesperada para muitos. Não havia muita infraestrutura no local, mas vou te dizer que foi um dos melhores sons para se tocar assim, ao vivo. Tudo ia longe e alto, e parecia que todo o universo e aquele monte de estrelas escutariam nossa voz ecoando de um pontinho minúsculo no mapa riograndense. Aliás, nunca me ouvi tão bem. Foi nosso segundo show na cidade.

Pena que é tão longe, as pessoas de lá são realmente ótimas. Monodia fez um bom show também, com duas novas que não conhecia, ou não lembrava. Não curti Os Massa dessa vez. Estavam muito amadores, as piadas internas de palco não faziam graça na platéia, que olhava desconfiada, como se estivessem sendo tirados para bobos. Mas se a proposta é essa...Ouvi Dolores pela primeira vez e achei bem legal. Gozado que por lá muita gente faz som e mistura elementos eletrônicos, utilizam computadores, trabalham com vídeos e o escambau e fazem as coisas assim, misturadas à natureza e a um clima mais simples, não tão afetado como normalmente é a cena eletrônica como conhecemos em Porto Alegre. Antes de amanhecer por completo já estávamos no ônibus, para nossa viagem de volta ao mundo de Marlboro. Muitos vídeos, muitos vídeos.