Crowley era só um hippye machista e ególatro
"Faça o que quiseres pois é tudo da lei" é o lema do OTO. Na prática, para Crowley, isto significou a rejeição da moralidade tradicional em favor de uma vida de abuso de drogas, e machismo brutal ("violo, rasgo e rendo" é uma linha de um dos seus poemas em Diary of a Drug Fiend, título de um dos seus livros.) Afirmou identificar-se com a Grande Besta 666 (do Livro das Revelações) e gozou do titulo de "o mais malvado homem da terra." Teve duas mulheres e ambas enlouqueceram. Cinco amantes suicidaram-se. De acordo com Martin Gardner, "as suas concubinas acabaram como alcoólicas, drogadas, ou em asilos psiquiátricos." [Gardner, p. 198] Mas a fama de Crowley era tal que as mulheres que ele atraia já tendiam a ser alcoólicas, drogadas ou desiquilibradas mentais, portanto ele não deve ser acusado de destruir a virtude de "santas virgens". Na verdade essa sua fama parece ter consistido de dois pontos principais: herdou uma fortuna e trabalhou muito para ser estranho.
O livro de Crowley, "Magick in Theory and Practice", é muito popular entre ocultistas. Quando a editora Dover se preparava para publicar uma nova edição em 1990, pediram a Martin Gardner para escrever um prefácio. Em 1976 a edição tinha sido um best seller. Gardner não era uma escolha lógica para escrever o prefácio, visto já ter escrito que Crowley era uma fraude no seu clássico "Fads and Fallacies in the Name of Science". De qualquer modo, ele escreveu o prefácio e pintou o retrato de um homem cruel, desprezivel, egoísta. Dover decidiu não republicar o livro. O prefácio foi publicado na obra de Gardner On the Wild Side.
Crowley teve pouca influência, excepto talvez na popularidade de pôr mensagens invertidas em musicas. O guitarrista ocultista dos Led Zeppelin, Jimmy Page, possui uma larga coleção de memorabilia de Crowley e comprou a mansão dele, Boleskine House, perto de Foyers, na Escócia. A cara de Crowley é uma das muitas na capa do album dos Beatles Sergeant Pepper's Lonely Hearts Club Band. Enquanto ocultistas como Page são conhecidos por colocarem mensagens "satânicas" revertidas nas suas musicas como em "Stairway to Heaven" ("Here's to my sweet Satan"), os Beatles usaram riffs invertidos em algumas, mais pelo efeito musical do que como expressão da sua admiração por Satanás.
Diz Gardner: "A sua reputação foi a de um homem que adorou Satanás, mas é mais exato dizer que apenas adorou a si mesmo."
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