Meus delírios, divagações, realidades e esquizofrenias, a quem interessar possa. Se viestes até aqui por bem, ego venia divinus indulge. Se por mal viestes, qui unum manus imprecatio divinus indulge. Danger: "Reperio scrobis et doli". Os comentários relativos aos posts deste diário são de responsabilidade dos visitantes, bem como condutas impróprias de clonagem de identidade em outros sites. Dúvidas, reclamações, declarações de amor? Email-me.

18 abril 2005

Cílios molhados

Não consigo parar de chorar, não consigo.
Porque sempre é tudo tão difícil, mais do que prá tanta gente, porque dificilmente alguém nos inclui em alguma coisa, porque a gente tem sempre que organizar nossas coisas, produzir nossas coisas, porque minha vida é este filho, esta banda, que dá tanto trabalho, tanta dor de cabeça, que às vezes segue por caminhos que tu não desejava. Mas um filho não se abandona nunca, se ama com toda a força, por maiores problemas que ele te cause.
Porque sempre temos que provar as coisas pelo lado mais difícil. Porque ninguém fala mal de nós, porque é feio falar, pelo menos em público, mas poucos se aproximam. Porque um cara de uma banda, porque vai tocar amanhã, queimou nosso flyer da festa de sexta, organizada com tanto carinho. Porque nunca tocamos em nenhum festival juventude enlouquecida e porque nunca podemos tocar em quintas feiras no garagem.
Porque apesar de tudo tem gente legal em nossa volta, escolhidos a dedo. Porque somos uma família de novo. Porque amo fazer estas músicas.
Choro por isso.
E porque ouço I'm Not Sorry, do Morrisey.
E por que sou uma idiota mesmo.