Meus delírios, divagações, realidades e esquizofrenias, a quem interessar possa. Se viestes até aqui por bem, ego venia divinus indulge. Se por mal viestes, qui unum manus imprecatio divinus indulge. Danger: "Reperio scrobis et doli". Os comentários relativos aos posts deste diário são de responsabilidade dos visitantes, bem como condutas impróprias de clonagem de identidade em outros sites. Dúvidas, reclamações, declarações de amor? Email-me.

01 maio 2005

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Os cariocas. Chegaram lá em casa quinta, três e vinte da manhã. Tinham tocado em Curitiba na quarta. Eu recém tinha chego de uma saída furtiva com a Desirée e uma amiga, posso dizer que estava meio tropeçando os pés. Todos muito queridos e ficaram lá em casa. O show no Dissonante, sexta, foi bom, acho que assustamos um pouco, muita bebida e pouco banho.Todos os shows foram legais. Senti que estávamos bastante introspectivos, as músicas estavam densas, pesadas, sem o confete do show do festival. Mas foi bom. O Martinelli pela primeira vez apresentou todos da banda, com o primeiro nome, e deu a filiação de cada um. Simples assim. Meu destaque pessoal foi Liga prá mãe, onde o Rafael abraçou o Alex no refrão (não vá, não vá...fique aqui...) chorei no palco, deu um nó na garganta, mas acho que ninguém percebeu.
Irmãos Rocha! tocou a música nova, aquela do cheirinho, e eu particularmente gosto deles. Parte dos Massas invadiram o palco para uma versão de "Vem Delícia", e eu e o Martinelli tbém. Laranja Freak começou uma música do Spectreman, nunca imaginei isso! Mas parece que a estréia do guitarrista não foi muito boa, pois já estão procurando um substituto. E a Pic Nic? Uma pena que não tinha muita gente.Tudo muito alto e muito perfeito, os caras tocavam muito bem, muita guitarreira. Sim, é um power pop mais power do que pop, sr. Pilger. Falando nele, muchas gracias ao seu comparecimento nas pick ups, dançamos até a última, até em cima do palco, as últimas quinze pessoas que insistiam em não ir embora... Gracias tbém a Fergs, que eu ainda cometi a gafe de não colocar o nome da DJ na lista!

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Belo por fora, velho por dentro. Meu corpo anda pedindo um help. Não passa duas semanas sem me dar algum troço ruim. Pouco sono, muito trabalho, cabeça a mil, nenhum exercício, vícios. Será só por isso? Primeiro a coluna. Agora meu olho esquerdo, treme, treme, parece que puxa para dentro.Visitarei oculista nos próximos dias. E agora este negócio de endometriose. Farei logo esta cirurgia pequena para me livrar. E o ano que vem quero Leste Europeu!
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Talvez ele não saiba o quanto sentirei sua falta. A falta das discussões, dos choros, dos xingamentos: "por que tu tem sempre que chorar?". Cada dia mais perto, uma sensação estranha, porque te transformaste em uma pessoa diferente para mim, uma pessoa interessada, uma pessoa amiga, mesmo com diferentes idéias, uma pessoa que acreditou no que era criado e acabou entrando neste grupo, que se interessou, que compôs coisas, que gravou, me ensinou. Que mesmo longe daqui há poucos dias, ainda será parte de nossa família. Não irei me estender. Até porque sei que daqui há alguns dias este sentimento irá pegar muito mais...
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O show do Claro que é rock foi mais uma lenda para nossos diários. Piadas e aprendizado. Não fizemos nosso melhor show. O som estava péssimo, infinitamente inferiorà passagem de som, quando os técnicos se empolgaram com nós. Vai ver tava aí o erro. E isso me atrapalhou muito durante o show, nada saía como o esperado, eu olhava para o cara da mesa, fazia sinal, e eles estavam todos rindo de algo, nem nos viam. A pior coisa que tem é vc ficar lá mechendo a boca como uma boneca dispensável. Problemas de palco creio que não foi privilégio nosso. Só vi tudo bem melhor equalizado mais tarde, quando as primeiras bandas já tinham testado o palco para o que vinha depois. Mas também foi tudo muito bom, teve lados positivos. Muita resposta de público, muita gente veio falar conosco, e assim é divulgado cada vez mais nosso trabalho. Me arrependo de não ter tocado o hit, por pressão da produção. E por que não tocar? Não íamos ganhar mesmo. Devíamos ter sido menos burocráticos. Também deveríamos ter tocado algo tipo 26, Farrapos ou Infância, isso na minha opinião. Mas foi bom, insisto. O Martinelli pulou lá embaixo, correu e cantou com pessoas da platéia. Foi bom tocar para o nosso maior público, as pernas não tremeram, na verdade eu tinha vontade de rir o tempo todo e ficava prestando atenção nas pessoas, porque sempre tentamos fazer isto, se aproximar do público, e a experiência da altura do palco e da multidão foi algo novo, provando ser quase impossível interagir.

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O Placebo? Confesso que eu sempre gostei, e My Sweet Prince é minha valsa predileta. Porém o som dos caras era outro, muito melhor, cheio de bases pré gravadas, efeitos e algum cheirinho de playback.Também fico chateada de ver dois bons músicos segurando a banda não fazerem parte da banda. Os caras de apoio, lá no escuro, será que não fazem parte porque não têm visual? Este tipo de coisa capitalista me incomoda.